Quarta-feira, 28.12.11

Auguri!

 

 

Um ano em Itália e, por incrível que pareça, poucas palavras aprendi! Na realidade nem tive grandes oportunidades já que para fazer compras nos supermercados não é preciso falar, nos restaurantes vem tudo escrito no menu… já no caso do café, embora a palavra seja a mesma, precisei de aprender a pedir um café lungo, caso contrário vinha mesmo aquilo que aqui chamamos de bica italiana, isto é, um dedal de café no fundo de uma chávena! Depois, como todas as pessoas com quem convivi falavam inglês foi essa a minha língua de comunicação, daí nada ter aprendido…

 

Sim o italiano é uma língua muito sonora e tem palavras muito expressivas como por exemplo lungomare que é para nós uma marginal, porém aquela que eu acho sonoramente mais bonita é auguri!  Esta é dita a todo o momento na época de Natal e sobretudo no Ano Novo, parece mesmo que todos têm prazer em a pronunciar e nesta altura o seu famoso ciao  é por ela substituído!

 

Nós usamos “bom augúrio”, “augurar” algo de bom ou de mau com o sentido de predizer, eles usam “auguri” como saudação com o sentido de boa sorte, com tudo de bom…

 

Para todos os que aqui passam de forma mais ou menos assídua AUGURI!

 

 

p.s nada de confundir com auguria que significa melancia!

publicado por naterradosplatanos às 07:15 | link do post | comentar | ver comentários (7)
Segunda-feira, 26.12.11

Do Areeiro...depois do Natal

                                                                     

  Prometi contar como foi o Nosso Natal antecipado de uma semana, (como há alguns anos acontece) e para isso,   nada melhor que usar algumas das palavras da minha irmã, “O Natal pelo Areeiro foi, como de costume, generoso, mas sóbrio… foi um convívio que fez jus ao espírito da festa da família”. A isto junto eu, com alguma confusão, saudável confusão gerada por cinco netos, melhor dizendo, por quatro, uma vez que a minha neta R. já não entra nelas (confusões). Assim sendo refugiou-se nos dois volumosos livros que recebeu e ignorou o resto!

 

Como disse os presentes dos adultos foram homemade (compotas, bolachinhas doces outras salgadas, marcadores de livros com poemas alusivos a quem os recebeu e ainda os meus balões).Posso dizer que foram um sucesso não obstante o baixo investimento, talvez pelo facto de não sabermos o que iríamos receber!

Acho que para o ano vamos repetir.  

 

Porém os meus filhos reservaram-nos mais duas surpresas uma que cabia dentro de um envelope: dois bilhetes para o Concerto de Ano Novo em Lisboa, no próximo dia 7 de Janeiro e outra virtual. Esta foi de centoe tal livros, repito, cento e tal, enviados para os nossos Kindles (e-books). 

A escolha foi variada e vão desde a biografia de Steve Jobs, passando pelo Príncipe de Maquiavel, Os Maias de Eça de Queiroz… e vária literatura americana que vai dos clássicos aos modernos. Resumindo, vou ter literatura para mais de um ano!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Que o Natal do próximo ano seja igual a este… não precisamos mais!

 

 

 

publicado por naterradosplatanos às 12:17 | link do post | comentar | ver comentários (9)
Sábado, 24.12.11

Daqui, do Areeiro para todos!

 

 

Obviamente que quando este post sair ninguém o estará a ler porque é Noite de Natal, mas como a Nossa Noite foi há uma semana e hoje estamos os dois placidamente por aqui lembrei-me de deixar aqui o “Silent Night” pelo Bing Crosby!

 

 

publicado por naterradosplatanos às 18:06 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Quinta-feira, 22.12.11

De algures...

 

A todos os que me leram e me lêem e especialmente aos que têm a simpatia de comentar os meus “faits divers” desejo que tenham o Natal com que sonharam, sim porque sonhar pressupõe o bom, o alegre… vá lá, os presentes desejados!

 

 

 

publicado por naterradosplatanos às 18:25 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Terça-feira, 20.12.11

No Areeiro…Christmas Time

 

  

  

 Nestas alturas tudo anda numa azáfama e os blogs ressentem-se com a falta de assiduidade de quem escreve e  de quem comenta. Pelo menos é isto que acontece com o meu “No Areeiro…e por aí ”! Assim a autora resolveu entrar de férias natalícias, aproveitando para preparar o encontro com os seus “queridos todos”que por uma questão logística (já que há várias famílias distantes umas das outras duas centenas de quilómetros) o antecipa uma semana!

 

Não se costuma dizer que “o Natal é quando o Homem quer”? Aqui, este será no Areeiro já no próximo fim de semana! 

 

Quanto aos presentes este ano a minha comunidade resolveu que os dos adultos serão todos home made… eu já fiz os meus que irão num Cabaz de Natal que fiz questão de só incluírem produtos “made in Alentejo”!

 

Ora vejam o que me veio à ideia para cumprir o decidido…

 

p.s. precisamente por falta de tempo de completar o post este já é publicadoo depois do nosso Natal... próximamente contarei como foi.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por naterradosplatanos às 09:35 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Segunda-feira, 12.12.11

No Areeiro de novo!

Depois do nosso por aí estamos de regresso a casa. Novidades só na horta, estas que apareceram no pé das oliveiras…

 

Quando era menina e nesses tempos em que o nosso pai nos levava à natureza sempre éramos avisados que não se comia nada a não ser as amoras que as silvas davam lá para Agosto. Então tudo o que fosse vermelho nem pensar pois era veneno pela certa! Lembro-me até de umas que apareciam pelo Natal e que na altura faziam as vezes do azevinho com o nome assustador de rebenta bois. Isto na cabeça de uma criança é mais que um aviso! Depois ainda havia os cogumelos que podiam ser venenosos (e às vezes eram) e portanto nada de experimentar o que quer que fosse! 

 

Porém, na altura, tudo era um fascínio e esse fascínio ainda que residual se mantém em mim, por isso resolvi escrever este post sobre os cogumelos que nesta altura de tempo húmido apareceram no pé da minha meia dúzia de oliveiras.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por naterradosplatanos às 05:19 | link do post | comentar | ver comentários (4)
Sexta-feira, 09.12.11

Por aí… na “Sereníssima”

 

 

A primeira chegada é sempre a que tem mais impacto , foi assim em 1967 quando aqui estive pela primeira vez, numa viagem surpresa que os meus pais me ofereceram quando me inscreveram numa viagem “a Roma para ver o Papa”!! A viagem foi promovida pela Paróquia e eu lá fui com os que fervorosamente tinham essa como principalmente intenção…

 

 

 

Muitos anos mais tarde voltei com os meus filhos e essa também teves obre mim o seu impacto pois chegamos à Praça de São Marcos de vaporeto vindos da Ponta Sabione… Muitos mais anos depois senti-me de novo fascinada pelo deslumbrante Carnaval em Veneza com todo aquele requinte que lhe é dado pelos mascarados vestindos de veludos, e também pelas misteriosas máscaras!

 

Mais visitas se sucederam mas foi desta vez que Veneza foi uma desilusão... Podem dizer-me que isso é consequência de tantas vezes lá ter ido mas eu não acho e explico.

Desta vez fomos a meio da tarde, os turistas eram ainda muitos, embora não se visse a multidão acostumada. 

 

Sem pressas, já que queríamos ver o anoitecer aqui, decidimos rumar até ao Rialto e daí a São Marcos… foi então que dei por mim a pensar que realmente o fluxo de visitantes,  desta cidade única, devia ser limitado a um certo número por ano, tal como o número de lojas! É ver o excesso destas a abarrotar de recuerdos, com bancadas até no meio da rua, ou mesmo vendas na calçada onde qualquer turista vaidosa pode comprar uma  mala “Prada”, “Louis Vuitton”, ou qualquer marca chique… tudo contrafeito claro!  

Para além dos vidros de Murano, acho que a maior parte do que ali se vende deve ser made in China. Enfim, há ruas que são verdadeiras feiras, de tal forma que isso nos distrai  de apreciar as fachadas das casas dos tempos áureos e tira encanto à cidade.

 

Entretanto a noite caiu, as luzes, mesmo ao longo do Grande Canal eram poucas, então embrenhamo-nos nas vielas mal iluminadas, transpusemos pequenas pontes, de novo uma rua mais estreita e um pequeníssimo largo com uma esplanada, mais uma ponte e… eis que nos sentimos perdidos!

O ambiente das ruas estreitas e tortuosas era medieval, comecei, embora sem razão, a sentir-me pouco segura, mais umas vielas e por fim a seta (salvadora) a indicar: Piazza de Roma, a la Ferrovia.

 

Mais tranquila voltei a apreciar o estreito canal mal iluminado onde uma gôndola apinhada de turistas passeando ao som de um acordeão, som apenas perturbado pelo bater do remo do gondoleiro na água, agora escura, do Canal…

 

 

 

 

O rés do chão e o primeiro andar tal como descrevi

 

 

 

 

 

 

Agora as mais bonitas...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado por naterradosplatanos às 21:13 | link do post | comentar | ver comentários (5)
Segunda-feira, 05.12.11

Por aí… plano B: entre palácios e vielas pobres

 

 

 

Os viajantes devem ter sempre um plano B, isso ajuda-os a não sentirem frustração quando o planeado não se pode realizar. O nosso plano B estava logo aqui a 40km, Génova!

Génova que foi República e dominou o Mediterrâneo durante séculos, abrigou marinheiros e mercadores, burgueses e aristocratas que deixaram os seus modos de vida impresso no tecido da cidade… Génova é assim: vielas pobres e ruas de sumptuosos palácios. Vielas de casas altas e degradadas onde os telhados quase se tocam, janelas onde a roupa se estende e o sol não entra, escuras da patine do tempo e onde fazer qualquer obra de recuperação deve ser missão impossível! É assim o dédalo de ruas junto ao Velho Porto, de onde partiu Cristovão Colombo que tal como O Santo António é disputado por portugueses e italianos!

 

Depois as ruas dos palácios que hoje já não abrigam nem burgueses nem aristocratas mas bancos, companhias de seguros, organismos do Estado, museus e ainda parte da Universidade, que nos mostram o tempo do apogeu da República de Génova. Ligando umas e outras aparecem pequenas praças ocupadas por pequenas esplanadas, vendas de fruta e outros pequenos negócios…tudo isto espraiando-se pela encosta acima!

 

Deambulando pelo emaranhado das vielas, vicoli, lembrei-me das de Napoles, só que aqui lhe falta a enorme baía e o Vesúvio ao longe!

 

 

Os palácios...

 

 

 

 

 

As vielas...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por naterradosplatanos às 18:14 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Domingo, 04.12.11

Por aí… uma pequena desilusão!

 

 

Os viajantes, isto é os que viajam de forma autónoma, devem sempre ir preparados para qualquer coisa que não corra como o planeado! Claro que não me estou a queixar pois é um privilégio poder andar por aí… e não pode ser um dia de chuva, um museu ou um monumento fechado ou como agora estradas cortadas que nos vão desiludir da viagem.

 

Hoje realmente foram estradas ainda cortadas de quando no passado Outubro um tornado atingiu a Ligúria e  ainda não  recuperadas. Assim não pudemos, como tínhamos planeado ir a Cinque Terre  porque, depois de mais de 30 km de curvas e contracurvas e ainda sem divisarmos Varnazza, nos aparece uma barreira na estrada e o letreiro: Strada Chiusa

Primeiro a frustração, depois o bom senso de não nos metermos em mais aventuras e acreditarmos no que já nos tinham sido dito mas que nós, no nosso optimismo, acharmos que  um mês e meio depois  tudo estaria resolvido...

 

Porém o caminho para Portofino estava normalizado e também este estava nos nossos planos.

Portofino tem a classificação máxima no Guia Michelin porém eu achei-a exagerada embora, como podem ver nas fotografias, o ocre das casas e o azul da água tornem o lugar bonito.

 

De qualquer das formas volto a repetir: “nunca julguem um lugar pela lente de um fotógrafo”, muito menos agora na era digital!

 

 

 

publicado por naterradosplatanos às 18:44 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Sábado, 03.12.11

Por aí… 29 929 passos na terra dos “stilettos”!

 

 

Acho que a maior parte das minhas leitoras sabe o que são os “stilettos” que, para o que a usamos, não têm tradução! Dirão que são sapatos de salto alto, high heeled shoes em inglês, certo, mas sapatos de salto alto, aqui nestas terras podem não ser “stilettos”!!

 

Seguramente se o salto tiver 6,7,cm não terão esse nome. Para assim serem chamados o salto tem que rondar os 12cm ou mais, no caso da sola ser mais grossa. Além disso, terão de ser tão finos quanto um estilete, de onde aliás, lhe vem o nome.

As montras estão cheias deles, os mais baratos (10€) estão também a vender nas feiras que agora proliferam; os das lojas de grande luxo rondam os 500€! Portanto todas as bolsas, melhor todos os pés podem usar uns “stilettos”!

 

Uma coisa eu lhes garanto é que quem os usa jamais terá o privilégio de fazer 18,260 metros correspondendo a 29 929 passos, pelas ruas da monumental Bolonha, como hoje nós fizemos!

 

 

 

 

 

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publicado por naterradosplatanos às 18:45 | link do post | comentar | ver comentários (3)

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