Passei nela vezes sem conta...

Era sempre com o coração acelerado, de forma inversamente proporcional à velocidade com que o comboio a atravessava...

Corria entre os estudantes, que sazonalmente a atravessavam de regresso a casa ou então no sentido inverso em direção à Universidade, que a ponte já tinha passado há muito o seu "prazo de validade"!
O receio que se apoderava de mim e da minha irmã que sempre me acompanhava neste vai e vem era imenso. A ponte ou o comboio pareciam-nos tremer por todos os lados, mas lembro-me que era pelo Natal quando lá passávamos e chovia que a sensação de desconforto era maior. Ou seriamos nós que, à custa de tanto o ouvirmos, teríamos interiorizado esse "diz-se que..."?

Hoje a ponte, espartilhada entre duas pontes de betão já não se recorta sozinha no vale mas lá continua elegante a unir as duas margens e a ser símbolo de uma época.

publicado por naterradosplatanos às 13:30 | link do post | comentar | ver comentários (1)