Quando o Natal era mágico...

 Muitos sabem que não aprecio a época natalícia, mas claro que não foi sempre assim!

Os meus natais mágicos foram mesmo aqueles em que eu e os meus irmãos acreditávamos.

Quando já tinha filhos e estes na idade de acreditar, os natais eram passados na casa dos meus pais e aí era a minha mãe que conduzia toda a fantasia e tal era a fantasia que duvido que nessa noite eles pensassem no pai ou na mãe!

Voltemos aos natais mágicos (os meus).

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 O pinheiro era mesmo um pinheiro dos portugueses, com ramadas mais ou menos desajeitadas, nele se colocavam frágeis balões rendilhados que a minha tia, universitária em Lisboa, nos trazia. As velas eram a sério, quero dizer, de cera, minúsculas em pequenos castiçais que se prendiam por uma mola e que só se acendiam na Noite.

 

Outro momento importante era o de engraxar as botas e depois alinhá-las debaixo do pinheiro, momento ás vezes controverso pois cada um de nós disputava o "melhor lugar" para a sua, não fosse o Menino Jesus não a ver!

No dia seguinte bem cedo e indiferentes ao frio da sala lá encontrávamos no sapatinho o presente que, a maior parte das vezes, nem tínhamos sonhado!

As duas meninas tinham conjuntos de panelinhas que brilhavam que nem prata servicinhos de chá em porcelana ou minúsculas mobílias de madeira. Os dois rapazes  carrinhos ou os aviões que então eram de lata. Houve bonecos e bonecas, caminhas e berços... sombrinhas de chocolate, bombons embrulhados em pratas coloridas...

Um dia, com imensa surpresa, misturada com tristeza profunda descobrimos que o "menino Jesus" não existia!

publicado por naterradosplatanos às 20:26 | link do post | comentar | ver comentários (3)