Os “previsores” (não sei se a palavra existe legalmente) dizem que neste verão as temperaturas vão ultrapassar em muito os 40°C. Sempre aprendi que uma previsão além de 5 dias é falível, quanto mais à distância de três meses!! Tudo isto para dizer que o verão é a pior época para o meu jardim, mesmo que não se atinjam no Areeiro esse horror de temperaturas!
Agora sim, está bonito e eu vaidosa dele!
Improvement...
Nestes dias de confinamento mais severo quem benificiou foi mesmo o jardim! Tudo está em ordem: folhas secas varridas, arbustos aparados, mais uns quantos amores-perfeitos plantados, arbustos podados, relva cortada bem curta para se manter mais tempo. Este tipo de relva no inverno fica amarelada e não é tão bonita, mas tem a vantagem de ser mt resistente ao sol alentejano e requer muito menos rega...
Assim numa tarde de domingo e de confinamento deixei o jardim pronto para o inverno.
Só porque é uma fotografia que eu acho bonita e a quero guardar!
... dará cerejas na próxima Primavera!
O jacarandá é uma moeda de duas faces bem diferentes: na pujança da floração trás o céu azul até ao chão, mas as flores não estão por muito tempo; a segunda face é juncar o chão das flores que caem tornando-o momentaneamente azul é certo, mas depressa murcham e há que as varrer todos os dias!!
Mas, além do jacarandá há as hortênsias, os agapantos e os solanos que aqui juntei:
Vaidade é um sentimento feio eu sei, mas a vaidade não é comum na minha pessoa... porém quando se trata do meu jardim, sim sou vaidosa!
... e ainda o jacarandá não floriu!
Hoje em conversa WhatsApp recebi umas fotografias e como andava no meu “jardim-horta-pomar” resolvi agradecer com uma, com esta:
De lá veio a pergunta: onde é?
A resposta foi: no Areeiro, é o meu jardim!
E mais algumas:
Sempre a pé, depois de vaguearmos pela quadrícula do Bairro Alto, bairro que após o terramoto/maremoto de 1755 assim foi planeado para, no cimo de uma “colina”, estar a salvo de um novo episódio...
Um banco de jardim esperava-nos no Príncipe Real, jardim de traçado romântico tão típico do século XIX... um cedro centenário ocupa-lhe centro, porém não é só este que nos capta a atenção mas também uma árvore totalmente florida no seu esplendor tropical embora em pleno Outono! É uma “Ceiba speciosa” de que uma vez já falei no post Jardins”secretos”
Com esta é a quinta que conheço das espalhadas por esses jardins de Lisboa, e no caso de alguém se querer deslumbrar, em pleno Outono, provavelmente com as únicas árvores floridas, aqui ficam os lugares:
Campo das Cebolas, Jardins do Museu de Arte Antiga, Jardim da Praça da Alegria, Parque Eduardo VII e por fim esta do Jardim do Príncipe Real mas provavelmente haverá mais.
Sentadas no banco e entre a contemplação e uma conversa que foi “como as cerejas” deixando assuntos a meio, lembranças pela metade, projetos a realizar... a hora de almoço chegou.
De antemão o Restaurante da Gulbenkian tinha sido o escolhido pois a sobremesa seria completada pelo passeio entre os inúmeros recantos...
Quando demos por ela o tempo tinha voado e eram horas da Fátima regressar á sua Coimbra... um abraço forte e um novo “Périplo” delineado!
Depois de 887 milhas, ou seja 1402 km mais os 200 até ao Areeiro cá estamos há quase oito dias... não tenho gato, nem cão, peixinho vermelho ou tartaruga, mas tenho um jardim!
Relativamente aos primeiros sempre poderia contar com alguém amigo que os aceitasse receber por quinze dias, para um jardim não é fácil ter alguém que se responsabilize pela manutenção que não sendo feita todos os dias, tem que ser frequente.
Tenho rega gota a gota, e o Sr. Romeu passa duas vezes por semana apenas para ver se esta está a funcionar. Ora, água e calor são os ingredientes ideais para as ervas crescerem!
A tarefa que tenho pela frente é árdua...