Sexta-feira, 30.09.11

E por aí… encontrei a Paula Rego!

 

 

Não, não a encontrei em pessoa diga-se, mas encontrei a sua obra num sítio que não pensaria… quem ia pensar encontrar uma pintura da Paula Rego na Catedral de Durham, mais a mais não reproduzindo nem o Senhor nem nenhum santo? Infelizmente era absolutamente proibido tirar fotografias em qualquer parte da Catedral…

Esta proibição e o facto de nunca ter visto colunas semelhantes fez com que a precorresse mais lentamente! As colunas são incríveis, não pela sua altura pois até são relativamente baixas se as compararmos com outras grandes catedrais da Europa mas pelo seu perímetro e pela sua decoração geométrica, cada uma diferente da outra!

 

Assim passando na nave central, daí para as laterais, passando por detrás do coro e pela abside, eis que me deparo com uma pintura num estilo que não me era estranho. A pintura representava uma mulher sentada e junto dela um jovem dos seus 15 anos, ambos vestidos como comuns mortais… Os seus rostos eram expressivos na sua dureza assentuada pela luz tão caracteristica da pintura dela. Lendo a informação que lhe estava adjacente verifiquei que realmente a autora era Paula Rego e que o retrato era de uma rainha inglesa de nome Margaret e de seu filho David futuro rei da Escócia que segundo a mesma informação foi assassinado ainda jovem...

 

p.s. a imagem do quadro da Paula Rego foi conseguia depois de, com muita perseverança, fazer uma busca no Google. 

 

 

 

 Catedral de Durham

 

publicado por naterradosplatanos às 14:27 | link do post | comentar | ver comentários (4)
Terça-feira, 27.09.11

E por aí… “fish and chips” em Withby

 

 

 

 

É absolutamente incontornável ir a Withby e não comer fish and chips! Todos os restaurantes o anunciam, uns como o melhor, outros como o verdadeiro, mas todos o servem e, acreditem que é delicioso. O prato consta apenas de um enorme filete de peixe, normalmente cod (bacalhau fresco) ou hadoc frito numa polme estaladiça, servido com batatas fritas em palitos grossos, douradas e tenras que se pode temperar com vinagre ou com outros molhos… Come-se em qualquer restaurante ou pela rua quando comprado nos inúmeros quiosques que os vendem, à maneira das nossas farturas.

 

Withby, é uma village anichada entre duas arribas, na foz de um pequeno rio. Em tempos deve ter sido muito importante a atestar pelas ruínas de uma enorme catedral, lá bem no topo de uma das arribas que cai a pique sobre o mar.

 

Hoje as gentes ocupam-se numa uma pequena pesca costeira e sobre tudo das multidões de turistas que procuram este pitoresco lugar, mais a mais que fica no caminho do famoso Cleveland Footpath. Este é um caminho pedestre de muitas milhas que percorre a crista da arriba (como podem ver numa das fotografias) e que se estende de forma circular para o interior dos Moors (região do Yorkshire absolutamente selvagem). Muitos amantes da natureza fazem-no estoicamente já que a totalidade demora vários dias!

 

Já me esquecia de dizer que Withby foi donde no séc. XIX partiu o Capitão Cook para as suas viagens ao hemisfério sul e como tal lá está a sua estátua num pedestal a atestar os seus exitos. Quando lá estive com os miúdos fomos a Marton, terra onde ele nasceu, mas agora sentimo-nos dispensados dessa romaria...

 

Se algum dia por passarem por Withby, não esqueçam, comer fish and chips é obrigatório!

 

 

 

 

 

 

 

 Ossos (verdadeiros) do maxilar de uma baleia. Nem imagino qual seria o tamanho dela!

 

 

 

 Porto de Whitby

 

 

 

 

Ruinas da Catedral

 

 

 

Cleveland Footphath

 

publicado por naterradosplatanos às 21:27 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Segunda-feira, 26.09.11

E por aí...Diamond Street,30

 

 

Há 37 anos moramos aqui, precisamente no nº30 da Diamond Street em Saltburn (hoje pintado a cor turquesa mas que na altura tinha a cor da madeira)! Proximamente falarei dessa “instituição nacional” que são os B&B (Bed & breakfirst)  como era este da da Srª Musgrave.

 

Foi no ano do 25 de Abril quando as aulas no Liceu da Amadora terminaram no dia 26 do mesmo mês e como, entre RGAs e RGPs já não havia nada que fazer, resolvi entrar em férias mesmo que muito antecipadas! Assim, tomei o avião para estes sítios onde a minha outra metade treinava numa fábrica algures num sítio para estes lados…

Foram uns verdadeiros meses de paz onde nem as notícias da revolução chegavam! Não admira pois os telemóveis não existiam, e o Messenger e o Spype nem sequer ainda parte do sonho dos comuns mortais. O telefone era caro e por isso só semanalmente usado para conversas muito especiais como saber como a minha filha de 3 anos se ia comportando lá porBragança… depois, nessa altura, o meu inglês deixava a desejar e por isso comprar o jornal todos os dias ainda não era um hábito…

 

Como disse, assim vivi tranquilamente em Saltburn-by-the-Sea, uma deliciosa village inglesa pendurada mesmo na borda de uma enorme arriba, tão alta era que, já nos tempos da Rainha Vitória tinha um elevador, à maneira do da Nazaré, para se atingir a praia.

 

Em inglês Village significa pequena cidade rural, porém esta não vivia exactamente apenas do mundo rural mas de termas sulfúricas que aí existiam.Graças a estas, no tempo da Rainha Vitória, foi um centro de lazer importante. Importante para os bafejados pela sorte já que nessa altura, tal como estava escrito no placar junto ao Pier, os trabalhadores não tinham direito a leisure time!

A rainha frequentava as termas e daí, na altura, Saltburn ser um sítio muito in como hoje se costuma dizer... alguns edifícios assim o atestam. Hoje esta praticamente como há trinta e tal anos e claro sem o brilho dos tempos da rainha!

 

 Os piers são muito comuns nas cidades de praia e neles havia diversas distrações sendo a maior delas poder passear por cima das ondas! Não se esqueçam que isto se passava no séc.XIX!

 

Tempos difíceis eram esses para a maioria da população que não tinha horário de trabalho, weekends ou holiday!

 

 

O nº 30 é a 1ª da direita e o nosso quarto era no 1º andar

 

 

 

O Pier visto do cimo da arriba

 

 

 

Para passear sobre as ondas...

 

 

 

Hotel Zeetland

 

 

 

 

 Bancos para poder contemplar o mar...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por naterradosplatanos às 20:15 | link do post | comentar | ver comentários (5)
Domingo, 25.09.11

E por aí... nem podia crer!

 

 

Quando pela manhã vi na BBC news a apresentação dos jornais para hoje (dia24) nem podia acreditar!

 

Ontem foi um dia muito importante no que respeita à política internacional para o Médio Oriente  pois a Assembleia das Nações Unidas estava reunida para receber o pedido do Presidente palestiniano Mahmoud Abbas para que a Palestina venha a ser considerada um Estado de pleno direito.  A BBC fez a transmissão em directo e dada a diferença de horas para Nova York, eu já estava no hotel e por isso pude seguir os discursos. 

 

O discurso do presidente da Palestina foi longo mas eloquente, por vezes com emoção… a ele se seguiu o do Presidente de Israel, Binyamin Natanyahu igualmente eloquente nos seus pontos de vista… As palavras de ambos comprometiam-nos com o diálogo e a paz! As imagens transmitidas simultaneamente da Palestina mostravam uma multidão atenta, esperançosa e muitos de lágrimas nos olhos, em Israel igualmente o desejo de viverem em paz lado a lado…

 

Não é que nenhum dos principais jornais do Reino Unido lhe dedicou a 1ª página!!! Compramos o The Times, fotografei-o para provar o que digo. Vejam com atenção a fotografia e reparem nos assuntos que trouxeram para a primeira página! Provavelmente são estes assuntos que fazem vender o jornal, e os outros não interessam…

 

 

 

 

publicado por naterradosplatanos às 19:28 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Quinta-feira, 22.09.11

E por aí... em York

  

 

Como já devem ter notado nunca o meu blog “Na terra do(s) Plátano(s) foi um roteiro turístico e o mesmo pretendo que assim aconteça com “No Areeiro …e por aí”,  mas tão somente passar a este “papel virtual” aquilo que me impressiona, o que me faz sorrir ou ainda o inusitado. Assim, não vou falar propriamente de York e do seu ambiente entre muralhas que datam do tempo dos Romanos e das suas casas vitorianas bem conservadas onde o turista e menos o viajante sempre se deixam tentar! Aquilo sobre o que vou hoje escrever é sobre o seu maravilhoso National Railways Museum.

 

Há muitos anos, mais de 20 certamente, estive lá com os meus filhos e já nessa altura me impressionou a beleza daqueles monstros que nos seus tempos áureos percorreram as Ilhas Britânicas de Norte a Sul e se espalharam pelo mundo num frenesim cada vez mais veloz!

Não há dúvida que os comboios têm qualquer coisa de romântico, mas não sei explicar bem porquê… talvez por se afastarem lentamente da estação e assim permitir a quem ficava e a quem partia acenar até o outro alguém desaparecer por entre o fumo da chaminé, talvez pelo apito estridente do Chefe da Estação ou o facto de a viagem ser promessa de abraçar alguém que se amava,  ou então o ir para terras distantes em busca de novos horizontes…

 

Esses comboios que eu apelido de “românticos” estão todos lá, reluzentes como se nunca dali tivessem saído, mesmo tendo percorrido milhares  e milhares de quilómetros! Lá estão as carruagens da Rainha Vitória que eram o seu Yatch de então, a sua carruagem cama, onde esta era uma torneada cama de ferro entre as paredes acolchoadas em cetim, os candelabros no tecto e os candeeiros nas mesinhas juntos aos maples… porém não foi isto que lá me levou de novo, como devem calcular, mas as belíssimas locomotivas que abaixo vos mostro.

 

Havia muitas mais e a dificuldade foi escolher quais mostrar...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Espreitando a carruagem da Raínha Vitória...

 

 

publicado por naterradosplatanos às 17:15 | link do post | comentar | ver comentários (5)
Quarta-feira, 21.09.11

E por aí… aterrando em Manchester 43 anos depois

 

 

Exactamente há 43 anos num dia qualquer de Agosto, eu e a minha irmã por força do nevoeiro aterramos em Manchester, quando o nosso destino era Londres! Nesse já longínquo ano de 1968 eu e ela tínhamos planeado um outro destino para uma semana de férias que seria presente dos nossos pais. O destino eleito era Paris, mas como se deu o “Maio de 68” eles imediatamente o vetaram a estas duas iniciadas em viagens por sua conta e risco! Acho mesmo que eles nem se aperceberam  de que, embora a viagem, o hotel  e o transfer fossem tratados pela Wagon Lit, nós íamos mesmo, era sós!

Por causa do  nevoeiro que se fazia sentir em Londres, e nessa altura a tecnologia nada tinha a ver com a de hoje, lá tivemos que aterrar em Manchester para mais tarde voltarmos a levantar voo até ao nosso verdadeiro destino…  Desse episódio a única coisa de que me lembro é de um fantástico candelabro que iluminava a vasta sala onde esperámos. Talvez a minha irmã se lembre de outros pormenores…  

 

Desta vez, nós aterramos em Manchester porque o nosso destino nesta second life era o Yorkshire e o revisitar de lugares onde estivemos há 37 anos e onde mais tarde estivemos com os filhos: O Lake District e o North York Moors.

Diferenças algumas, mas não muitas pois a natureza selvagem destes sítios e a política de conservar o antigo assim o determinam para grande prazer de quem viaja por estes sítios!

 

p.s. os post não estão de acordo com a data exacta dos dias em que estivemos nos diversos lugares pois pelos hotéis destes sítios uma ligação à internet é a preços proibitivos, 5£/hora (+/- 7€) e eu demoro muito mais que uma hora mesmo para o post mais banal.

publicado por naterradosplatanos às 20:16 | link do post | comentar | ver comentários (5)
Quarta-feira, 14.09.11

E por aí… para lá do Canal da Mancha!

 

 

Desta vez o “por aí” vai mais longe… amanhã voamos para Manchester e daí vaguearemos pelo Yorkshire. Vejamos se poderei publicar alguma coisa, tudo dependerá do preço da internet…

publicado por naterradosplatanos às 20:20 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Sábado, 10.09.11

No Areeiro...

 

 

O tempo deles está aí, e o tempo meteorológico que dá pelo nome de “verão dos marmelos” também a ver pelas temperaturas que se têm sentido aqui pelo Areeiro!

 

O meu marmeleiro não deu pela minha falta e foi mais produtivo do que nunca, não só pelo número mas também pelo tamanho, tal como podem ver nas fotografias. O maior pesava 730g, e muitos com peso para cima de 600g! Alguns já foram transformados em marmelada, outros foram distribuídos entre a família e as amigas, muitos mais continuam ainda lá pendurados…

 

 

 

 

publicado por naterradosplatanos às 19:39 | link do post | comentar | ver comentários (15)
Segunda-feira, 05.09.11

E por aí… até à Ilha (de Tavira)

)

 

 

Como aqui no Sul parecem ser pouco caravans friendly, não é pois muito fácil estacionarmos. No entanto quem de direito não deve querer admiti-lo e assim usam o eufemismo “proibido estacionamento de veículos com mais de cinco metros”, em vez de directamente dizerem “ é proibido estacionar caravanas”, o que, logicamente vem a ser o mesmo!

 

Ora qual é o  “yatch” que tem menos de cinco metros? Nenhum! Adiante, como tal só usando os transportes públicos se evitam confusões, e assim para ir à Ilha quem estiver em Cabanas de Tavira  terá de tomar o comboio para Tavira e depois o barco para esta.

 

O comboio é o Regional que liga Lagos a Vila Real de St. António, e que comboio! Não anda longe do que durante anos usei entre o Porto e o Tua , mas falta pouco!l Aliás nos horários que a pedido nos dão vem lá o seguinte  aviso: material não modernizado (!) não vá alguém reclamar das portas que custam a abrir, dos bancos já roçados, dos vidros por limpar…

As estações essas são as mesmas pelo menos de há 40 anos, como podem ver numa das fotografias. Além disso estão pouco cuidadas, cheias de grafittis e onde apenas o interior teve  algumas melhorias…Não admira pois, tanto quanto me deu para apreciar nas três vezes que o utilizamos, que só viajam nele turistas (por necessidade) e gente com poucos recursos pois é de facto muito barato.

 

Obviamente não os há com frequência e assim sendo teríamos que apanhar ou o das 8.40 para chegar à Ilha a horas saudavelmente  decentes ou então optar pelo das 10.03. Ora como somos reformados e sem pressas, apanhamos sempre este último.

Chegados a  Tavira há que apanhar o barco para a Ilha que, pelo menos agora, só parte de hora a hora  e assim só partimos no das 11.00 com chegada às 11.25! Em condições normais esta seria  a hora a que nós saíriamos da praia como sempre que lá vamos… Resultado, o tempo de permanência foi sempre pouco pois o sol por aqui ainda tem estado abrasador!

 

A ilha é selvagem q.b. ao longo da maior parte da sua extensão, a água da praia é límpida, morna e sem ondas e assim se compreende que faça as delícias daquelas “peles pálidas” que rapidamente se transformam em “peles vermelhas ”!

 

Trouxe de lá estas conchas que vos envio e que achei lindas, não pela forma típica de bivalves mas pelas cores e  padrões riscados que ostentam. Ora vejam…

 

 

 

Outras imagens da "ria" escrevo entre aspas porque geomorfológicamente a Ria Formosa não é uma Ria. Se alguém quiser saber porque não é que diga que eu explicarei.

 

 

Barco para a Ilha

 

 

 

 

Tavira vista da "ria"

 

 

 

publicado por naterradosplatanos às 18:03 | link do post | comentar | ver comentários (4)
Sábado, 03.09.11

E por aí... em Tavira

 

Os reformados e sem pressas fundearam em Tavira!

 

Há décadas que aqui não vinha, aliás há mais de uma década que não vinha ao Sul! Não sei porquê mas não me sinto atraída por estes sítios. Pensando bem será porque este Sul se associa a praia e de praia tive tal dose quando os filhos eram pequenos que fiquei alérgica aos areais, a qualquer um diga-se!

 

Tavira é muito interessante, pacata (pelo menos agora já em Setembro), acolhedora. A sua parte antiga está bem conservada e com edifícios de uma grande variedade com especial atenção para os de telhados de 4 águas, que lhe dão um certo cariz… pitoresco, como dizia a Kátia no seu comentário.

Porém nem tudo está impecável e aqui refiro-me ao caminho, melhor à estrada estreita que conduz ao ancoradouro que leva à Ilha e que atravessa uma área de salinas. Estas também me pareceram um pouco desleixadas se as compararmos às do Samouco onde a Ponte Vasco da Gama as atravessa. Quanto à estrada que, como disse leva ao ancoradouro, está ladeada de ervas altas, secas, prendendo aqui e ali restos deixados por alguns passantes… e disto resulta o seu ar desleixado.

Acrescento que não tem passeios e é pena pois há gente a fazer o percurso a pé e sem eles (passeios) tal como hoje nós, o faz em perfeita insegurança. Seria um percurso muito agradável se existissem e fossem bem cuidados substituindo assim o pó, quer a lama (e isto dependendo dos céus) que aí se formam.Eles permitiriam parar e olhar sem medo de ser colhida por um qualquer automobilista que, tal como nós, também quisesse olhar a placidez dos flamingos nas salinas…

 

 

 

 

 

Mais imagens da pitoresca Tavira...

 

 

    

 

  

 

    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por naterradosplatanos às 21:02 | link do post | comentar | ver comentários (5)

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