Segunda-feira, 31.10.11

A avó e a neta foram ao Oceanário…

 

 

 

 

 

Foi algo decidido quase à última hora. Avizinhava-se uma  semana cheia de testes para o N. e para a R. e como tal o fim de semana teria que ser de estudo intensivo mas,  com uma “borboleta” lá por casa era capaz de ser difícil! Assim a Dianinha veio passar o fim de semana connosco e o programa, para obviar o espaço mais limitado da casa da avó aqui, planeamos uma ida ao Oceanário…

Tudo correu bem até ao momento de chegarmos lá, aí senti que a mãozinha dela me puxava para trás e nada de querer prosseguir, depois de várias insistências minhas percebi que o que ela tinha era medo pois, na sua ingenuidade, não realizava que embora os pudesse ver os tubarões, nunca correia risco algum… Pegada ao colo lá fomos, primeiro passando pelas tartarugas que num nova extensão do Oceanário estão agora em exposição e que se podem ver ora por baixo de nós, ora por cima conforme passamos por um chão envidraçado ou por baixo de uma enorme cúpula de vidro… entretanto a D. tornou-se confiante e quando chegamos aos tubarões só a ouvi bater as palmas e gritar entusiasmada: vovó os tubarões são enormes! E a palavra enormes foi confiantemente dita vezes sem conta…

 

 

 

 

 

 

 

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Quarta-feira, 26.10.11

No Areeiro… o inverno através das minhas janelas

 

      

 

A memória meteorológica é sempre curta e como tal achamos que nunca houve um tempo como este, hoje verão amanhã puro inverno! Este ano realmente foi assim, mas tenham a certeza que já houve anos semelhantes como o que aconteceu em 1974. Porque me lembro deste? Porque nesse ano nasceu o meu filho Hugo e sei que ia para o Liceu com os vestidos de manga curta (que atravessaram todo o verão) e apenas com um casaquinho por cima, até ir para Lisboa onde ele nasceu. Este ano também foi assim e neste caso fica documentado pelo meu post da Foz do Arelho e pelo que hoje se lhe segue.

 

Mas não estávamos nós todos sedentos de chuva? Li um comentário num dos blogs que às vezes espreito, alguém que dizia que até lhe tinha apetecido ir dançar à chuva! Eu, nem tanto mas já lhe sentia a falta para a minha horta embora isso tenha vindo contrariar as obras que cá em casa se iam iniciar…Realmente é impossível ter sol na eira e água no nabal, tenhamos pois paciência e esperemos que o Sol mesmo que de inverno espreite de vez em quando.

 

 

 

Lá fora o tempo de inverno visto da  janela da minha cozinha

 

 

 

 

 

 

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Domingo, 23.10.11

E por aí… a W

 

 

Hoje anuncia-se como o último dia de verão! Este ano obedeceu realmente à definição do verão mediterrâneo que o Professor Orlando Ribeiro, do qual tive o privilégio de ser aluna, dizia caracterizar-se por ser quente, longo e luminoso. Na realidade foi tudo isso e ainda hoje toda a gente andava por aqui de calção e manga curta e ainda os havia estendidos na areia a tentar mais algum bronze… Nós limitamo-nos a ir da doca seca do nosso “yatch” até ao mar, num percurso de ida e vinda de um pouco mais de 9km. Estava calor e a vinda foi por isso menos agradável. Há muito que não vínhamos para estes lados e desde então a marginal da lagoa sofreu melhorias e está bonita.

 

Como para amanhã à tarde se anuncia chuva forte decidimos rumar ao Areeiro logo pela manhãzinha...

 

Vejam este conjunto de quiosques que fotografei na marginal da Lagoa da Foz do Arelho.

 

 

 

 

 

 

 

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Sábado, 22.10.11

Hoje faz anos 12 anos a minha neta Raquel…

 

Nasceu redondinha e de cabelo cor de avelã. Durante os primeiros anos foi uma bonequinha rechonchuda, hoje é muito mais elegante que uma “barbie”!   O cabelo continua da mesma cor, dourado quando lhe dá o sol. A mãe queixa-se que é uma distraída, às vezes eu concordo mas tudo isso é consequência de trazer sempre a trás de si um livro!

 E é mais ou menos assim: calça ou descalça um sapato e lê uma ou duas páginas do livro, entretanto alguém a lembra de que tem que se apressar, volta aos sapatos… mas ela ia numa parte tão interessante! E eis que calça outro sapato mas não o par do anterior! Eu que fui mãe sei como é desesperante ver as horas de sair de casa a passar e ter alguém a ter “pensos” ( pensamentos na linguagem infantil de um dos meus filhos) e nada interessada nas horas  que o relógio marca. Ás vezes dizemos que é uma  cabeça no ar mas isso acontece só por que está pensando no novo capítulo da história que anda a escrever e que mantém em segredo… parece mesmo que escrever é a sua última e já duradoura paixão…

 

Parabéns minha querida, que continues a dar muitas alegrias a todos nós. A vovó

 

p.s. tenho fotografia muito mais bonitas da minha neta, só que devemos preservar a imagem do os nossos pequeninos desse" estranho" mundo da web

publicado por naterradosplatanos às 19:03 | link do post | comentar | ver comentários (8)
Terça-feira, 18.10.11

No Areeiro...tempo de romãs

 

 A  Romã é um fruto lindo! Quando há 27 anos me mudei para o Areeiro e tive o privilégio de ter um jardim, foi a romãzeira junto com o diospireiro, a laranjeira e o limoeiro que foram as árvores eleitas, pois na altura o meu jardim era muito mais pequeno. Depois graças a vivermos fora da cidade este pode ir aumentando por aquisição de mais uns metros quadrados ao nosso vizinho. Hoje é q.b. para as minhas actividades agrícolas.

 

Mas do que eu queria falar era mesmo da minha romãzeira e de como ela nos brinda todos os anos com enormes romãs de bagos enormes e doces.

Este ano e pelo sol que tem feito estão mais coradas embora por dentro ainda não tenham atingido o tom de rubi. Sei que quando vierem as primeiras chuvas aí estão elas a rebentar e a deliciar-nos.

 

Lembro de que em miúda nos fascinavam mas, nessa altura, eram pequenas e os grãos tão miudinhos que eram praticamente só caroços…

Hoje, pelo menos as minhas, palpita-me que são transgénicas e portanto bem diferentes das da minha meninice!

publicado por naterradosplatanos às 20:37 | link do post | comentar | ver comentários (9)
Sexta-feira, 14.10.11

Do Areeiro... para alguém muito especial

 

                                                                  

        

  

Hoje faz 88 anos a minha tia e madrinha que eu melhor poderia classificar de ter sido, durante a minha     infância,tal como nas histórias a minha “fada madrinha”!!

 A ela devo muitas das grandes alegrias do meu tempo de menina…

Com que ansiedade esperávamos o seu regresso da faculdade pelo Natal, pela Páscoa e depois nas férias grandes! Lembro-me perfeitamente de uma pequena mala preta de onde a nossa “fada madrinha” tirava as panelinhas, as frigideiras, as cafeteirinhas que pareciam de prata aos nossos olhos de criança…também o primeiro boneco de celulóide, jogos e aquelas caixinhas de cubos que nos permitiam construir imagens, já na altura com desenhos de Walt Disney… Também não posso esquecer que foi com ela que fomos pela primeira vez ao cinema ver a Cinderela e de uma outra vez o Peter Pan… Seguiram-se os livros e já mais tarde até uma bicicleta que obviamente serviu para os quatro, também com ela esfolarmos os joelhos... O que resta disso tudo? Como é evidente nada disso atravessou os tempos com excepção de um tesouro que guardo preciosamente e que está documentado na fotografia que abre este post.

 

  

  O FEITICEIRO DE OZ foi-me oferecido quando eu fiz oito anos e iniciava então a 3ªclasse. Veio pelo correio, embrulhado em papel pardo atado por um fio como era então costume … Ao abri-lo lá estava a letra da minha madrinha que com toda a ternura me queria iniciar na leitura.

 

 O livro era concebido exactamente para crianças manipularem e para ser duradouro, as capas eram duras, as folhas em papel bem grosso, a letra bem grande, as linhas espaçadas… Porém apesar do seu aspecto físico robusto não conseguiu sair incólume de quatro pares de mãos que durante algum tempo o disputaram! Assim a minha mãe lá teve que resolver o problema colocando-lhe uma lombada de pano que, como podem ver, ainda hoje mantém!

 

Quando às vezes nesses inquéritos mais ou menos tontos publicados em revistas dos jornais de fim de semana perguntam: em caso de incêndio em sua casa o que salvariam? Eu pondo a pergunta a mim mesma e não tenho dúvida que o que eu salvaria seria o Feiticeiro de Oz e os Diários que, durante 17 anos de viagens pela Europa, os meus filhos escreveram!

 

Isso nenhum seguro cobriria pois ambos seriam irrecuperáveis e com eles iriam um bocado de mim!

 

 

Aqui vai a sua dedicatória e alguns dos desenhos que a mim e à minha irmã  maravilharam!

 

 

 

 

 

 

 

publicado por naterradosplatanos às 06:00 | link do post | comentar | ver comentários (14)
Quarta-feira, 12.10.11

No Areeiro...citando Diderot e relembrando Joule

 

 

 

Diderot, filósofo francês (1713-1784) apaixonado também por viagens, alguma vez disse e cito-o:  já lá estava antes de ter chegado e ainda lá fiquei depois de ter partido.

 

Que melhor para descrevermos o gosto que nos deixou uma viagem que planeamos desde longa data e que nos maravilhou? Só mesmo um filósofo poderia por nestes termos o que hoje podemos fazer com Google Earth! Porém antes desta fantástica ferramenta, desde sempre os roteiros de viagem foram o suporte de muitas viagens. Para nós, o eleito foi desde sempre o Guia Verde Michelim do qual eu tenho uma boa colecção, alguns já em duplicado pois, como é evidente, vão-se desatualizando e de vez em quando há que compra-los de novo.

 

Mas que tem isto a ver com o James Prescott Joule ? Penso que muitos dos que me lêem se lembram de ter ouvido  falar dele na disciplina de Fisico-Quimicas uma vez que o seu nome foi dado à unidade de medida da energia já depois da sua morte. Podem saber mais no link que envio.

 

Mais uma vez, porque falo eu dele e que tem isso a ver com a célebre frase de Diderot que a cima transcrevi? Exactamente o facto de eu em Manchester ter visto no City Hall uma estátua que o retrata numa postura pensativa e em chinelos de quarto!!! Talvez se a placa informativa sobre a sua pessoa não referisse este pormenor, eu nem tivesse dado por isso... Já aqui no Areeiro me lembrei que tinha prometido falar dele e foi também na mesma altura que me lembrei da célebre frase do filósofo francês!

 

 

publicado por naterradosplatanos às 13:58 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Domingo, 09.10.11

E por aí... em Manchester

 

 

 

      

A viagem acabou precisamente no sítio que pela primeira vez pisei solo britânico, mas como já disse, apenas por uma escala forçada pelo smog londrino. Portanto o que dela vi então foi apenas o aeroporto. Agora não, ficamos um dia inteirinho na cidade que durante mais de meio século foi chamada (assim o aprendi nas aulas de Geografia) como a “capital do algodão”.

Reminiscências desses tempos de riqueza lá estão belos edifícios de cor de tijolo ou de calcário e nos museus as portentosas máquinas que faziam mover os teares mecânicos… Hoje o antigo mistura-se, e sem desprazer nosso, com o moderno.!

 

Se bem que apenas lá tivessemos  estado um dia deu-me a sensação de uma cidades simpática e tranquila  onde o transito é minimizado pelo facto de haver três linhas de autocarros, a verde, a laranja e a lilás, que circulam permanentemente entre as três estações ferroviárias e que são gratuitas, além duas linhas tramways (um metro de superfície, diremos)! As ruas são muito largas, isto mesmo no centro da cidade tal como a principal praça onde está a City Hall (para nós a Câmara Municipal). Falando de estações ferroviárias, deixo aqui a curiosidade de que foi Manchester o primeira cidade do mundo a ter uma estação só para passageiros, que evidentemente está desactivada e que hoje faz parte do edifício do Museu da Ciência.

 

Sabem quem encontrei lá, o Joule e dele falarei no próximo post.

 

 

Primeira estação de passageiros em todo o mundo

 

 

 

 

 

 

publicado por naterradosplatanos às 22:49 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Sexta-feira, 07.10.11

E por aí... em Blackpool

 

 

Desde a tal ida a Londres com a minha irmã, no tal ano de 1968, já vi muitas cidades: grandes, pequenas, na planície, na montanha, no interior, à beira mar…na velha Europa, nos States e no último ano no Canadá. Afianço-vos, no entanto, que não vi nenhuma tão kitsch* como Blackpool. Vejamos, traduzindo o termo, e passo a expressão, podemos traduzi-lo por foleira!! 

Pelas fotografias pode ver-se o mau gosto de quem toma decisões ou de quem se vê obrigado a seguir a tradição! Blackpool fica na costa oeste da Grã-Bertanha mesmo em frente da Irlanda. O front de mer tem vários quilómetros de extensão e nele três piers com diversões semelhantes às das nossas Feiras Populares com a comida a condizer, desculpem, as sardinhas e os frangos de churrasco são substituídas pelos hot dogs !

 

Na marginal alinham-se dezenas de casas de jogos desde aqueles em que as moedas parecem estar na eminência de nos cair nos bolsos (mas que não caem), passando por uma panóplia de máquinas de “caçar” dinheiro ao veraneante. Eu que já fui a Las Vegas e onde os casinos fazem parte de todos os rés do chão de qualquer hotel e os há porta sim, porta sim, não me deixei tentar nem com um cêntimo …Os casinos são feitos para eles ganharem, nunca para isso acontecer a quem joga e, sabendo isso, como tal  também aqui não joguei!

 

Continuando… a cidade não teve o mínimo interesse para nós, é realmente uma edição barata, muito barata, atrevo-me mesmo a dizer miserável de LV. Nasceu para divertir uma classe inglesa média que aqui vem/vinha e de acordo com o Guia Michelin, desde 1846 quando então os comboios permitiram começar a fazer férias na praia! Já me esquecia de dizer que as iluminações nocturnas são uma das principais atrações (** no Guia de que falei) e que também tem uma imitação da Torre Eifel!!

 

Não sei se o mau gosto presidiu ao seu desenvolvimento desde essa era recuada, mas o que é, para mim claro, é o seu ar “foleiro” elevado ao mais alto grau.

 

Vivamente desaconselho

 

* kitsch - pretentious bad taste - pretencioso e de mau gosto

 

 

 

 


 

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publicado por naterradosplatanos às 16:13 | link do post | comentar | ver comentários (4)
Terça-feira, 04.10.11

E por aí… “the Queen” está a ser destronada!

 

 

 

Desde esse longínquo ano de 68 em que pela primeira vez pisei solo britânico, e de que já falei, até à presente data já o devo ter feito umas duas dezenas de vezes. Inevitavelmente enviei alguns postais para a família e para uma ou outra amiga e sempre me habituei a estampar neles a efígie de sua majestade…

 

Vejamos a que vem este assunto. Desde que deixei de ter os filhos a viajar connosco e portanto desde que deixamos de tê-los a escrever o nosso Diário de Viagem, resolvi inovar com os postais “para nós… de nós”. Esta foi a forma de, anos volvidos e a memória já não ser o que era, saber por onde andamos e quando isso aconteceu. Assim cada vez que saímos por aí escrevo sempre o tal postal que começa invariavelmente por “Para nós” onde depois escrevo algum comentário sobre a viagem e que termina também invariavelmente com “ de nós”.

 

Recebido muitas vezes já depois de termos chegado vão directamente para uma caixa que eu designo por “arca dos tesouros”. Além destes cartões que a vão enchendo há outros enviados pelos meus filhos das suas deambulações pelo mundo (desde o Havai a Israel, passando por outros sítios mais comuns) e agora já alguns dos meus netos.

 

Continuando…

Desta vez o sacramental postal foi escrito de Harrogate, depois de comprado num dos escaparates da rua e selado no Post Office. Nada de especial até ao momento que a máquina dos selos nos põe cá fora um selo de 32 cêntimos / EUROPA e para grande espanto meu sem a efígie da Rainha…um colorido passarinho tinha-a destronado!! Também desapareceu o UK, simbolo do Reino Unido para ser substituido pelo nome EUROPA!

 

p.s. Será que a minha sobrinha Susana que passou tanto tempo na terra se Sua Majestade já deu por isso? Espero que ela leia este post e diga alguma coisa.

 

 

 

Algumas imagens da british Harrogate

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por naterradosplatanos às 18:13 | link do post | comentar | ver comentários (4)

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