Quarta-feira, 30.11.11

Por aí…Luisa Antonelli, John e Mónica

 

 

Pode parecer estranho que depois de seis anos volvidos ainda sintamos o prazer mútuo de nos encontrarmos! Embora pelo meio tenha havido outras visitas, claro que é a internet que tem a grande cota parte nestas amizades tão duradouras …

Certamente que se tivéssemos de puxar de um papel e de uma caneta, arranjar um envelope, colocar-lhe um selo e meter a carta numa qualquer caixa de correio, seguramente estas amizades já se tinham esvaído! Assim com dois ou três clics aí vão as notícias e um dia qualquer lá chegam as respostas…

 

Para quem não saiba, a Luisa Antonelli é a Diretora do WSI onde durante 10 meses fui aperfeiçoando o meu inglês, o John, com o seu ar de Pirata das Caraíbas (é filho de mãe Jamaicana e pai Irlandês) era o professor de conversação e a Mónica, (filha de mãe portuguesa de Santiago do Cacém) encontrei-a como colega lá na Escola.

 

Estas três amizades têm perdurado e sinto que todos me revêem com prazer. Ontem fui jantar com a Luisa Antonelli em sua casa: “pasta”, como não podia deixar de ser numa casa italiana, salada, uvas e…como também não podia deixar de ser “panetonne” para terminar.

 

Hoje foi o dia de me encontrar, logo pela manhã, com o John , como sempre no mesmo sítio e à mesma hora:  “9.30  in front of  San Giacommo Church”, um encontro de duas horas em que falamos de tudo incluindo de política e até da portuguesa!

 

Depois foi a vez de almoçar com a Mónica e claro mais uma vez “pasta” “ fugioli de fungi”, de sobremesa, Tiramisú, tudo muito italiano! Com ela a conversa foi em português pois, embora tenha nascido na Suíça e criada na Itália fala bastante bem o português. Com ela a conversa também teve política,  com Berlusconni como pano de fundo e como tem a Rebeca no 6º ano, claro que o tema escola foi importante. Os problemas são os mesmos, quer os da Escola quer os que resultam de ter uma filha lá: levar, trazer, ir às actividades, os recadinhos dos professores na caderneta escolar,os castigos consubstânciados na proibição de ver televisão e por aí fora… até me parecia que estava a ouvir o dia a dia da R. e do N.!

 

O fim da tarde foi para voltar à Piazza de la Libertá, percorrer a Via Mercato Vecchio e passar mais uma vez na Piazza Mateotti por baixo das tão italianas arcadas.

 

 

Arrivederci Udine! 

 

 

 

 

Casa típica de Udine na Via Mercato Vecchio

 

  

publicado por naterradosplatanos às 17:33 | link do post | comentar | ver comentários (7)
Terça-feira, 29.11.11

Por aí… “due gusti”

 

 

 

 

 

Faz parte dos lugares de “peregrinação” em Udine, a Gelataria Luna, no canto da Piazza de La Libertá.

 

A  Luna está aberta todo o ano excepto no mês de Fevereiro, a  Luna é tão pequena que dá apenas para o balcão e por isso é uma gelataria “take away”. Se quisermos um lugarzinho para sentar há que ir logo à frente e usar as escadas do edifício da Municipalitá. Era isso que eu costumava fazer quando andei durante um ano por estes sítios e é o que faço quando cá venho e deambulo sozinha… A outra metade compra-me o gelado mas nada de me deixar saboreá-lo nas escadas de que falei, apreciando quem passa! Nem sabe o que perde… há os que passam de bicicleta, os que passam apressados, as crianças que vêm dar pão às pombinhas e ainda aqueles que nos oferecem a sua música. Só mesmo nos rigores do inverno eles desaparecem da Piazza!

Hoje foi um desses dias em que fui sozinha e em que se repetiu exactamente o que acabo de descrever. O dia estava de sol e o ar estava demasiado morno para dois dias antes de se iniciar Dezembro! Nos jornais já vemos os lamentos de falta de neve nos Alpes que começam aqui a uns 50km… os cumes ainda estão cinzentos e com o ar triste que os Outonos têm por aqui. 

 

p.s curiosidade, quando cá estive entre 2004-2005 os “due gusti” custavam 1.60€, nas outras visitas custavam 1.80 hoje, dois anos depois, paguei-os a 2.40€. O café passou de 0.85 para 1.00€.

 

 

 

 

 

 

Piazza de la Libertá

 

 

 

publicado por naterradosplatanos às 14:12 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Domingo, 27.11.11

E por aí...no aeroporto "flying to Venice"

Exactamente. Se nos hoteis a internet não me explorar continuarei por aqui, senão terão que esperar pelo próximo dia 7!

....................

 

2.30 horas depois chegamos ao Aeroporto Marco Polo, nome dado em homenagem ao aventureiro, na altura ainda não italiano e que, como todos sabemos, saiu de Veneza viajando para oriente, legando-nos depois por escrito as suas aventuras, à semelhança do que mais tarde  fez o nosso Fernão Mendes Pinto. 

 

No hotel a internet é grátis o que me permite estar aqui a escrever, mas a qualidade da fotografia que publico é muito fraca! Foi tirada quando sobrevoavamos os Alpes já coroados de neve e já com o sol no horizonte.

 

 

 

 

Amanhã vamos para Udine, matar saudades da cidade e eu de duas amigas que lá deixei e que pacientemente me continuam a aturar via e-mail...

publicado por naterradosplatanos às 11:14 | link do post | comentar | ver comentários (4)
Sexta-feira, 25.11.11

E por ai… por acaso, por mero acaso!

 

 

 

 

Hoje resolvi ir à Gulbenkian ver a exposição intitulada “ A natureza-morta na Europa (1840-1955)"  que estará patente até ao próximo 8 de Janeiro. Como abrange um período de mais de 100 anos, reunia pintores de que gosto e outros que não entendo e que portanto não gosto… Lá estavam entre os primeiros, quadros de Edouard Manet e  Claude Monet, Cezane e Van Gogh… que eu percebo, e depois aqueles que não se encaixam nos  meus padrões de perspectiva.

Portanto é assim: gosto ou não gosto pois, não tenho conhecimentos nem autoridade para criticar aqueles que se parecem com os desenhos dos meus netos!

 

Bom, mas este post não tem como assunto a exposição mas o tal “mero acaso” que lhe deu o nome... 

 

Como ainda não era meio-dia resolvi deambular pelas ruas em direção ao Marquês e não é que me encontro perante este edifício que aqui vêm?!

 

 

 

 

 

O que tem ele de especial?

Quando lá passei fazia exactamente 37 anos e oito horas que o meu filho Hugo lá tinha nascido!!

Hoje já não é maternidade, hoje nascer-se exige uma série novas condições e talvez por isso passou só a abrigar consultórios.

 

Como disse, por acaso, por mero acaso dei por mim a passar em frente ao nº15 da Avenida António Augusto de Aguiar e então recordei esse dia em que nasceu o meu segundo filho e, embora eu seja avessa a recordações, não o pude evitar…

 

Parabéns, querido!

 

 

 

publicado por naterradosplatanos às 16:48 | link do post | comentar | ver comentários (4)
Segunda-feira, 21.11.11

No Areeiro… nada de novo

 

 

 

 

    

 

   Aqui no canto da minha saleta (aquela à qual a carpete cor de vinho voltou) eis-me  de mão encostada ao queixo olhando pela janela sem  imaginação para um post...  Na realidade, depois de se ter um blog e saber que temos alguns leitores, parece que se torna obrigação aqui virmos escrever, mais que não seja para não os desiludirmos ao  encontrarem  o post anterior, que já leram! Mas, eis que o assunto apareceu, tal como a Susana uma vez me disse, acaba sempre por aparecer!.

 

Estava então eu mirando a janela quando olhei mais uma vez para a “Laurindinha” encostada ao palhaço e então decidi que escreveria sobre esta, e uma outra com o mesmo nome. Aliás, o nome  desta é uma homenagem à primeira…

 

A Laurindinha foi a primeira boneca que me lembra ter tido. Deveria ter eu uns três anos, pois diz quem sabe, que só a partir dessa idade se tem memória dos acontecimentos!

Foi a minha tia Teresinha que ma deu, lembra-me de ouvir dizer que ma trouxe  de Caldelas, onde ela costumava fazer termas. A boneca era de pano, tinha trancinhas castanhas, olhos e boca pintados, quanto ao vestido não faço já a mais pequena ideia. Como o material pano é perecível, e aliado a alguns menos bons tratos, ela desapareceu…

 

Não me lembra como me veio à ideia mas um dia lembrei-me  de pedir à minha mãe, para me fazer uma nova “ Laurindinha”! Esta está ali, no parapeito da janela por cima de uns dicionários e uns livros já há muito tempo. Claro que já foi várias muitas vezes reciclada! O cabelo já foi castanho, preto, agora é ruivo…os vestidos também se vão renovando pois, o sol alentejano mesmo por trás da vidraça vai-lhe comendo a cor…Os olhos, esses já têm um desenho mais moderno, mas à mesma pintados, hoje são azuis mas também já foram verdes!

 

Continuo a gostar dela e não é com muito bons olhos que vejo os meus netos ou netas pegarem-lhe pelas pernas sem amor algum…

 

 

publicado por naterradosplatanos às 17:57 | link do post | comentar | ver comentários (11)
Sexta-feira, 18.11.11

No Areeiro…mas com obras!!

 

Quem é que já não teve obras em casa e ficou com os “cabelos em pé”?

Por causa da chuva têm-se arrastado, hoje o sol apareceu e lá estão eles no bate que bate! Claro que obras é sinal de lixo, de pó, de pegadas… embora compreenda, tudo isso me desagrada. Sim, porque além disso tenho que ficar aqui acorrentada todo o dia e isso ainda torna as obras mais penosas. Mas nada a fazer, há que ter paciência!

 

Não publico nenhuma fotografia para não desmotivar quem está a pensar em as fazer!

 

p.s. depois de tudo pronto, então sim lá irão as fotografias.

publicado por naterradosplatanos às 10:20 | link do post | comentar | ver comentários (9)
Segunda-feira, 14.11.11

No Areeiro… a nossa “Fall”e a minha!

 

 

Quando o ano passado no mês de Outubro atravessamos o Vermont a caminho de Boston, jurei a mim mesma (e cumpri) de já mais me queixar da lonjura em que me encontrava.

 

Com um pouquinho de exagero quase digo que valeu a pena viver para ter aquela oportunidade, tal como eu escrevi no post que então fiz e intitulei  Juro que a partir de hoje … http://naterradosplatanos.blogs.sapo.pt/2010/10/10/ ).

Por muito bonito que seja o Outono por cá e por essa Europa, (outros sítios não conheço), nada se poderá igualar ao que vemos não só no Vermont mas em todo o Canadá que é coberto pela chamada floresta caducifólia. 

Mas isso foram tempos passados e agora apesar desta chuva que não nos larga tento apreciar este nosso Outono e até a “Fall” no meu jardim.

Como a variedade de árvores nas nossas matas é menor, logo o colorido não é tão variado e praticamente anda entre os tons amarelados e castanhos por entre os verdes que permanecem. Disto é exemplo a fotografia tirada a caminho do castelo de Marvão por um caminho antigo que não sendo romano a ele se assemelha como podem ver.

 

E como é no Areeiro? Há 27 anos, tantos quantos estou nesta casa, mal eu imaginava uma segunda mais valia desta árvore, um diospireiro, que para além dos suculentos, aveludados e portanto deliciosos dióspiros que todos os anos nos oferece, tem agora essa mais valia de contribuir para que o meu jardim tenha um cantinho a que eu possa chamar “The fall corner” relembrando-me os momentos fantásticos de contemplação que eu já mais tive!

 

 

 

A"nossa Fall" a caminho de Marvão (tirada com o Tm da Kátia)

 

 

 

 

 " The Fall corner" no meu jardim

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por naterradosplatanos às 14:27 | link do post | comentar | ver comentários (5)
Sexta-feira, 11.11.11

No Areeiro… a carpete voltou à saleta!

 

 

 

No Areeiro… a carpete voltou à saleta!

 

Este facto é a constatação de que o tempo de inverno está mesmo a chegar!

 

Cá em casa é assim: chega a primavera e com ela os dias de entrar e sair de casa para o jardim ou do jardim para casa e logo a carpete cor de vinho se limpa, se enrola e se guarda… mais ninguém reclama que alguém deixou pegadas nela, mais ninguém tem que ir pegar nas “tripas” do aspirador e portanto a paz, relativamente a este assunto estabelece-se.

 

A Primavera passa, o Verão chega, o Outono prolonga-se e durante este tempo mais ninguém se preocupa com pegadas na fofa carpete! Sim, porque não há esfregona que não remedeie a terra ou a relva que, acabada de cortar, possa vir agarrada aos nossos pés e se espalhe pela tejoleira cá de casa.

O calendário avança,a chuva começa a cair e o jardim deixa de ter as visitas acostumadas, (exceptuando as das sua dona para a qual qualquer estação do ano é boa para o ir admirar). 

 

Então a carpete volta à saleta, esconde a fria tijoleira e trás de novo o conforto a este meu simpático compartimento onde escrevo quase tudo o que lanço na rede. Nesta sala não há lareira mas a minha “carpete cor de vinho” quase a torna desnecessária quando ajudada por uma pequena “camilha”, coisa que qualquer casa alentejana não dispensa!

 

É bom voltar a pisa-la pese o ser sinónimo de uma estação que agrada a muito poucos!

publicado por naterradosplatanos às 08:45 | link do post | comentar | ver comentários (5)
Terça-feira, 08.11.11

Do Areeiro ... para alguém que adora andorinhas!

 

 

 

 

 

Hoje o meu irmão Neca faz anos… como é que este se veio sobrepor ao seu verdadeiro nome  que é Manuel António? ? Acho mesmo que o meu irmão sente muito mais colado à pele aquele diminutivo do que o nome que lhe foi dado na pia batismal.

O que eu sempre ouvi dizer é que a minha irmã Lena, da qual ele se leva pouco mais de um ano, o chamava de “boneco”, pois era assim mesmo que ela o via… daí “neco” e depois Neca. Eu mesma só me lembro do seu verdadeiro nome quando em momentos oficiais!

 

Que dizer dele? Que é um romântico quando se trata de natureza, e que no dia em que um casal de andorinhas fez ninho no beiral da sua casa o tornou terrivelmente feliz e que de imediato o fotografou e enviou a todos nós!

Mesmo hoje, em comentário ao meu blog, falou com enlevo dos esquilos que apareceram recentemente no sítio onde tem uma casa rural e que lhe andam a roubar as nozes!!!

No entanto acrescente-se que o seu grande orgulho, repito, o seu grande e orgulho é a sua filha S. que muito brevemente será a “nossa médica de família”.

 

Que o meu irmão possa continuar a ver todos os seus êxitos, são esses os meus desejos neste dia, aos quais ainda acrescento, muitos mais ninhos de andorinha pendurados nos beirais da sua casa!

 

p.s. Por muitas voltas que desse, na confusãoque é o meu computador, não consegui encontrar a tal fotografia das andorinhas por cima da sua varanda, assim tive que me socorrer desta com a certeza que ele também vai gostar e com a esperança que ma volte a reenviar...

publicado por naterradosplatanos às 21:34 | link do post | comentar | ver comentários (5)
Quinta-feira, 03.11.11

No Areeiro... e furiosa!

 

 

 

 

Desde 6ª passada que não estávamos no Areeiro por compromissos assumidos há algumas semanas. Logo por azar coincidiu com a vinda do construtor para uma pequena obra exterior. Se era exterior claro que a minha presença não seria necessária, não seria mesmo e portanto, pedreiros, areia, cimento, tijolos e andaimes ficou por aqui tudo à solta...

 

 Como disse, a obra era exterior e por isso ficou estipulado que entrariam pelo portão lá do fundo da horta… já comentei que o meu espaço exterior foi crescendo por duas aquisições ao meu vizinho da quinta que fica por detrás… e esse meu vizinho, de nome Azeitona, tem cabras mais um velho bode, que fazem as delícias dos meus netos quando cá vêm.

 

 E que têm a ver os pedreiros com as ditas cabras, perguntarão. Tem tudo pois, os ditos pedreiros  entraram e nada de fechar o meu portão e aí as cabras do Sr Azeitona entrem por ali a dentro e vá de comer tudo o que encontraram pela frente: os meus tomateiros, ainda carregados, os meus phisalys carregados de frutos e flores prometendo grande safra para o Natal e pior, muito pior, devoraram os meus maracujás que há meses eu cuidava com devoção, já que no meu ano de Canadá quase lhe perdi a raça!!

 

Não imaginam o que senti quando cheguei e como de costume fui dar a minha volta à “propriedade”! Felizmente já não estavam pois, se os visse acho que não iam gostar do que lhes diria, tal era a minha fúria!

 

Ora vejam só…

 

 

 

 

p.s. este post foi editado por conter um erro ortográfico e que nenhum dos que me leu ou não deu por ela ou não quis que eu ficasse constrangida. Não, porque desde que não se abuse " herrar é umano" !!!!!!!!!!!

publicado por naterradosplatanos às 17:08 | link do post | comentar | ver comentários (13)

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