Este post não fui eu que o escrevi!
Porque as/os minhas/meus leitores podem não ver o que a minha mãe (Alice) escreveu no comentário à minha máquina de costura, resolvi transcrevê-lo aqui porque a protagonista do mesmo é uma Singer do séc. XIX (a minha querida avó nasceu em 1895 e foi a última de 7 filhos). Logo que vá por lá não me esquecerei de lhe tirar o retrato e relembrar a sua história.
Alice comenta:
A máquina de que vou falar tem uma história mais comprida e de mais trabalho. Tenho o privilégio de possuir esta relíquia, pois é uma peça de museu. Vou contar em breves palavras a história desta Singer , comprada em segunda mão pela minha avó materna, quando a minha mãe mal sabia apertar a saia, como ela dizia. Destinava-se a fazer as costuras da casa porque a minha avó não tinha tempo para fazer essa tarefa, pois tinha ficado viúva com 35 anos e 7 filhos. A minha mãe trouxe-a com ela quando casou. Eu e a minha irmã gostávamos muito de pedalar nela e quando adolescentes até fomos para a Singer aprender a bordar. Também fez o meu enxoval e o enxoval de bebés dos meus quatro filhos e algumas fantasias de carnaval dos meus netos. Mais tarde adquiri uma eléctrica que uso actualmente mas que me prega muitas "partidas", o que não acontecia com a velha Singer que guardo no sótão bem oleada e protegida do pó.