Quinta-feira, 28.02.13

No Areeiro... Up stairs



Quando dizem que todo o país está em alerta amarelo por causa da temperatura, aqui algures no Areeiro estão 28º e o termómetro não me deixa mentir.
Sim, eu disse algures no Areeiro, porque na Serra de S.Mamede nevou bem, e todos os automóveis que vinham de lá traziam uns 5 cm de neve! Não é costume por estas paragens, nestes 38 anos que por aqui ando não me lembra de isso ter acontecido mais de quatro ou cinco vezes! Depois não dura mais que umas horas, para tristeza destes alentejanos habituados sim a verões ardentes.

Bom mas o motivo do meu post de hoje é falar do quase verão que no entretanto se faz sentir no meu solário...
Reparem no tomateiro que aqui pus a crescer, cheiinho de flores e em que deposito a esperança de nele vir a colher alguns tomates cereja.
Darei conta do facto se isso vier a acontecer.

p.s. Este post é mesmo de quem não tem nada para dizer, não é assim? Bom, mas eu também sempre disse que é um blog de trivialidades!




publicado por naterradosplatanos às 17:14 | link do post | comentar | ver comentários (4)
Segunda-feira, 25.02.13

Três artistas de palmo e meio

Hoje chegaram ao meu computador duas obras de arte, vão sem aspas porque o são tendo em conta a idade de quem os fez! A terceira veio a pedido propositadamente para constar deste post.
O primeiro é do meu neto Henrique 4anos e o segundo da minha neta Diana 5 e o terceiro da minha sobrinha-neta Martinha de 4.

São desenhos próprios das suas idades, estilo "roubado" por artistas que conseguem vê- los depois expostos por esses museu de Arte Moderna/Contemporânea espalhados por esse mundo... Inevitavelmente eu questiono-me sobre estas obras feitas por esses tais "crescidos"!

Vejam estas delícias...

do Henrique



da Diana



da Martinha

publicado por naterradosplatanos às 14:19 | link do post | comentar | ver comentários (7)
Sexta-feira, 22.02.13

Do Areeiro... Não fazia parte da minha coleção!


Quem me leu aqui
http://naterradosplatanos.blogs.sapo.pt
entre 2010-2011 sabe da minha paixão pelas bocas de incêndio e das dezenas que fotografei e publiquei.
Hoje recebi esta enviada pela minha cunhada M.C que a descobriu lá no cantinho de uma rua em Geneve quando da sua recente visita.

Não é colorida como muitas que fotografei mas é distinta nos floreados...

Talvez quando não tiver assunto volte a publicar algumas.
publicado por naterradosplatanos às 17:56 | link do post | comentar | ver comentários (6)
Terça-feira, 19.02.13

No Areeiro... Um ovo cozido é uma questão de gosto pessoal!!!

Desde que a minha companhia de há quase 44 anos se reformou, tornou-se a tempo inteiro o meu “mordomo”, isto significa que vai para mais de dois anos que não tenho que pensar no que há ou não há no frigorífico ou na despensa! A decisão do que se faz para almoço ou jantar embora tomada a dois, tenho o privilégio de não ter que os fazer… 

 

Como se aproxima a primavera decidi fazer uma pequena dieta e isso inclui sempre sopa, legumes e alguma proteína e claro nada de sobremesa!

Então ontem resolvi que a minha proteína para o jantar seria um ovo cozido.

Quando o meu “mordomo” se levantou para a sua tarefa pedi-lhe para cozer o meu ovo. Resposta: não, é melhor ires coze-lo tu, isso de ovo cozido é uma questão de gosto pessoal!!!!!!!!!! Sim pode ir do ovo com gema na consistência de ovo estrelado ao ovo cozido, duro que nem pedra!

 

Também nesse jantar a escolha dos kiwis para sobremesa foi designada por mim como uma “questão de gosto pessoal”… afinal há quem goste deles bem madurinhos enquanto que outros gostarão deles bem rijos, tal e qual o que acontece com os ovos cozidos!

publicado por naterradosplatanos às 20:47 | link do post | comentar | ver comentários (5)
Sexta-feira, 15.02.13

Do Areeiro... a culpa é do Manuel da Fonseca!

 

Às vezes bate-me a saudade!

Recebi um e-mail da minha aluna Fátima, de que já aqui falei e que, entre outras coisas, dizia assim, e transcrevo:

Outro assunto: a Professora lembra-se de nos ler na aula sobre “Transportes” o conto “O Largo”, do Manuel da Fonseca? Sabe que esse momento é um dos mais gratos que guardo do processo de ensino-aprendizagem de todo o meu percurso académico? E sabe que esse gesto se tornou num sério caso académico? Ora espreite aquilo que estou/estamos a organizar:

http://www.uc.pt/fluc/depgeo/noticias/congresso_narrativas_da_paisagem

 

 

A Fátima, hoje professora universitária, depois de muitos anos guardou na memória aquela aula em que eu e elas/eles (2) nos emocionamos com a força e a clareza, do que é transmitido no maravilhoso conto de Manuel da Fonseca, no seu livro “O Fogo e as Cinzas”.

 

Se tiverem oportunidade leiam-no.

Se tenho leitoras/es  que não  são dos tempos que ele magistralmente descreve penso que, mesmo assim, irão gostar. Os outros os mais de 50, a não ser que tivessem nascido sem qualquer referência ao interior, esses, quase tenho a certeza que nas palavras do autor irão reavivar memórias…

 

 

p.s. Há uns anos em S. Francisco (Califórnia) e numa ação relacionadas com uma eleição de professores fotografei isto

 

 

Realmente mais do que reformas o que se precisa é precisamente aquilo a que a fotografia apela.

publicado por naterradosplatanos às 13:15 | link do post | comentar | ver comentários (5)
Quinta-feira, 14.02.13

Realmente é tempo de tulipas!

Não é meu costume divulgar aqui receitas de culinária, mas desta vez vou fazê - lo apenas por um motivo : a linda fotografia que a veio acompanhar!

Foi a minha sobrinha Susana que ma mandou e assim aqui vai, primeiro a fotografia, depois a receita:




Tulipas de Tomate
Ingredientes:
(13 tulipas)

13 grandes tomates cereja
14 talos de cebolinha
200g de queijo cottage
1 pepino
½ colher de chá de manjericão seco
sal
pimenta

Pique o pepino bem miudinho, acrescente o queijo cottage, o manjericão e tempere com sal e pimenta a gosto.
Corte os tomates de um lado, em forma de cruz e recheie com o cottage temperado. Do outro lado do tomate, faça um furo e coloque um talo de salsinha.
Faça o arranjo em uma travessa e sirva em seguida.

p.s. Acho que será melhor usar tomate " chucha" porque são mais rijos e mais em forma de tulipa.


Espero que quando quiserem surpreender alguém (que goste de tomates) se lembrem deste post!
publicado por naterradosplatanos às 12:44 | link do post | comentar | ver comentários (6)
Terça-feira, 12.02.13

Do Areeiro... Carnavais...

 

 

Tenho uma posição ambígua relativamente ao CarnavaL… Acho muito bem que as pessoas se divirtam embora eu nunca o tivesse feito e agora, claro, muito menos.

 

Evidentemente que tive os meus Carnavais onde vestir-lhes fantasias era inevitável: primeiro pensa-las, depois faze-las, depois vestir-lhas... sim porque na altura em que os meus filhos eram pequenos, não havia Lojas de Chineses onde pudesse adquirir uma fantasia por pouco.

 

Assim por aqui houve uma índia, uma havaiana,uma chinesa, uma bruxa… um Sandokan que se negou a ir assim vestido para o jardim escola e depois, para o que adorava fantasiar-se, uma série de cowboys que alternaram com piratas.

 

A fantasia metamorfoseava-se comforme a decisão pois as peças básicas eram sempre as mesmas. O lenço se num ano ia na cabeça posto de lado, no ano seguinte ia ao pescoço! A camisa em qualquer dos casos era sempre de xadrez, o chapéu  também se transformava de uma personagem para a outra: de abas reviradas para o cowboy ou então levantado à frente onde colava uma caveira e duas tíbias feitas em entretela autocolante para o pirata. Acrescentava-se um " tapa olho" também feito por mim e ainda na orelha em equilíbrio instável, uma argola pendurada . Depois ou era o coldre apertado à cintura ou era a espada enfiada na bainha.

Estes dois acessórios é que irremediavelmente tinham que ser comprados todos os anos…

 

Crescidas as crianças que as usavam e até outras chegarem os carnavais passaram e só dando por eles porque eram cinco dias de descanso  sempre bem vindos num  segundo período sempre longo.

Depois quando definitivamente passei a estar em “férias todo o ano” tive a oportunidade de apreciar o requintado Carnaval de Veneza onde ao contrário de outras festas de carnaval são os veludos ou cetins que imperam!

 

Aqui ficam duas fotografias que fui procurar no meu arquivo de 2004 já que no tempo dos meus filhos  não havia máquinas digitais nem telemóveis que fixassem esses momentos de forma a facilmente aqui as mostrar.

As máquinas com os rolos Kodak lá os fixaram mas com os anos as cores esbateram-se e não estão capazes...

 

 

 

 

 

 

 

publicado por naterradosplatanos às 10:02 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Sábado, 09.02.13

No Areeiro…baú de costura com algumas memórias

 

 

Este baú que aqui veem foi-me oferecido por amigas minhas num dia de anos…

Foi há muito tempo, tanto tempo que o meu filho A. o mais novo, era ainda uma criança ingénua que acreditava que a minha tesoura, acabada de comprar, dava choque!

Quem tem filhos pequenos sabe que a tesoura que precisamos nunca aparece e o mesmo com as agulhas e outras coisas ligadas à costura. Assim sendo quando comprei a excelente tesoura que vos mostro, convenci-o de que a mesma dava choque e que, tendo sido feita só para mim, só eu o não sentiria!!!

Pureza infantil que na altura ainda não lhe permitia duvidar…

 

Também o baú, tipicamente alentejano, tinha um pequeno cadeado que ajudou a manter a minha caixa de costura inviolável às mãos do meu pequeno curioso.

Mais tarde, e com grande gosto demonstrou-me como com um simples clip o podia abrir! Hoje este baú, antigamente usado para os trabalhadores do campo levarem o almoço, é agora uma peça de artesanato que podemos encontrar aqui no Alentejo.

 

O baú foi um dos lindos presentes que aquele grupo de amigas me deu, ao longo dos muitos anos em que nos reunimos pelos nossos aniversários…

 

O grupo desfez-se porque uma delas partiu e as outras sete não encontraram mais coragem de festejar, naquelas reuniões que nós apelidávamos de “corte e costura”…

 

 

Aqui está a tal tesoura que "dava choque" e que conseguiu chegar até hoje com este belo aspecto e qualidade!

 

 

publicado por naterradosplatanos às 14:56 | link do post | comentar | ver comentários (6)
Quinta-feira, 07.02.13

No Areeiro... as memórias que tenho

 

Andava eu “por aí” e, como hoje em dia há sempre um computador na bagagem, recebi um mail da minha sobrinha com um link que me remetia para o Jornal Público http://www.publico.pt/sociedade/noticia/depois-da-guerra-o-paraiso-era-portugal-1581863#/0 , mail que  aqui transcrevo:

 

 

Aqui vai uma historia que certamente vos diz muito.

Tia Dalminha, nao sei se terá muitas memórias dos vossos "hospedes austriacos" mas talvez seja um bom tópico para um post no "No Areeiro…e por aí"

Beijinhos Susana

 

Acontecia que eu andava “por aí” e disso tinha que dar notícias, assim deixei para falar das minhas memórias, sobre assunto, para quando chegasse ao Areeiro.

 

Sim Susana, lembro-me do Rodolfo chegar, precisamente da noite em que chegou. Lembro-me de vir com o teu avô e lembro-me que nessa noite dormiu no divã que havia na sala (na altura morávamos na Rua Guerra Junqueiro). Nessa altura os sofás camas ainda não existiam, os divãs faziam as suas vezes…

 

Eu tinha 5 anos, nesse Janeiro, mas ainda tenho memórias. Lembro-me de brincarmos, lembro-me das cartas dos pais dele chegarem, lembro-me de ele dizer que tinha medo do “crampuss”, palavra que segundo a minha irmã, sabedora da língua alemã, diz não existir e que provavelmente era uma forma infantil de nomear qualquer coisa que metia medo… lembro-me de os meus pais lhe mandarem fazer um sobretudo (estávamos em pleno inverno), lembro-me de a minha mãe lhe estar a fazer a mala e nela irem uma série de presentes para os pais, o irmão e a irmã…

 

Estas são as memórias que tenho dos 8 meses que o Rodolfo esteve connosco, depois foi o vazio. Sei que durante algum tempo chegaram cartas e foram cartas, sempre via Cáritas uma vez que em qualquer caso tinham que ser traduzidas, mas o tempo e as distâncias erodem as relações e foi o que aos poucos aconteceu.

 

Foi pena termos perdido o contacto, perder a direção, esquecer o apelido ( hoje o Facebook poderia dar uma ajuda) mais a mais que a minha irmã, que na altura tinha três anos, veio a fazer do Alemão a sua ferramenta de trabalho…

 

Aqui vão as fotografias que a minha mãe ainda guardava num velho álbum…

Fotografia tirada antes de nos deixar... Nós e o Motelik que foi o menino que ficou com o meu tio que era médico Com a família já na Áustria
publicado por naterradosplatanos às 14:00 | link do post | comentar | ver comentários (6)
Terça-feira, 05.02.13

Ainda " por aí" mas já no Areeiro

Eu não perco muito tempo a olhar para as montras pois normalmente não compro nada e como tal não vale a pena perder tempo nisso. Porém quando há algo que salta à vista claro que paro, observo, fotografo até como foi o caso. Ás vezes espreito demais a través da objectiva e vejo que de lá de dentro não apreciam. Foi o caso, mas fiz- me desentendida...

Digam- me lá se seriam capazes de se equilibrar numa coisa destas. Será que a sapataria proporciona treino? Imaginem-se com uns sapatos destes e alguém sem querer lhes dá um pequeno encontrão... palhaça certa!


E estes? Não queria estar à mesa do restaurante e ter ao lado alguém que calçasse uma coisa destas!


Mais havia para fotografar mas... Podia, como nos filmes vir alguém e arrebatar- me a "click-click" alegando espionagem industrial!
publicado por naterradosplatanos às 17:13 | link do post | comentar | ver comentários (4)

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