No Areeiro e por aí...

As ilhas Key e esta designada de Key West não têm praias, a vegetação mergulha literalmente as raízes na água é a chamada " mangrove" típica do mundo tropical.
As ilhas ligadas por uma imensa auto estrada com grande parte do seu percurso sobre a água a Ocean Hightway, estão rodeadas por recifes de coral que impedem que as areias se depositem, daí o não existirem.
Então o que faz com que Key West seja procurada por milhares de turistas vindos de todo o lado? Simplesmente o seu fantástico Por do Sol e as suas águas transparentes! Assim sendo os visitantes vulgares como nós vêm por esse momento único, todos os dias repetido pelo finda tarde. Os outros vêm pelas imensas actividades ligadas à água esmeralda. As actividades de mergulho são imensas tal como as ligadas á pesca desportiva de uma imensidade de espécies.

Ora nós, nunca tendo tido oportunidade de nelas nos iniciarmos, ficamo-nos pela contemplação desse belo momento!

Já algumas vezes substituímos o hotel pelos Bed & Breakfirst porém aqui na América é a primeira vez que o fazemos e não fosse o preço... Enfim, já o sabíamos de antemão mas por estes sítios não há grande escolha no que diz respeito aos $s a pagar!

A casa é a típica destes ambientes, toda em madeira dentro de um jardim de palmeiras e arbustos tropicais. Os quartos dão todos para fora e têm um pequeno logradouro com mesa e cadeiras de verga, precisamente onde estou a escrever este post. Este tipo de alojamento é talvez dos mais vulgares aqui embora, evidentemente, existam hotéis na sua maior parte localizados em redor da baía e então esses sim só para "snow birds"!

Hoje foi um dia sem programa especial e por isso o post será de "faits divers" , coisas que vou vendo e fotografando mas, como muitas vezes a fotogrfia é feita à pressa não vá alguém reclamar, a maior parte nem sempre é boa.
Estávamos hoje a almoçar junto à baía, exatamente de onde se parte para pequenos passeios quando me deparei com este anúncio !


Pois, tal como em Hollywood aqui também se vive um pouco a vida alheia e por isso há mercado para aquelas viagens temáticas.

Quando fizemos o passeio de que falei ontem também nos apontaram algumas: a grande mansão rosa que pertenceu a Elizabeth Taylor, uma outra presentemente do Julio Iglesias... e a muitos outros e outras que não fixei!
Ah, esquecia-me de dizer que algures estava a mansão do El Caponne que tendo-se evadido da prisão em Chicago veio fazer uma vida faustosa numa tal ilha aqui, no meio da baía. Claro, nos anos 20 ir de Chicago a Miami não seria fácil, e não havendo os sofisticados meios que hoje há para encontrarem qualquer alma, ele passou aqui uns belos tempos sem ser importunado!

Esquecia-me de dizer que na descrição feita por quem acompanha o "tour" está sempre o valor imobiliário, sempre em muitos milhões de dólares! Não faço ideia se as ditas guias vão atualizando os preços!

É Março supostamente um dos meses altos do turismo em Miami quando os "snow birds" aqui aterram nas suas migrações anuais.

"Snow birds" é o termo pelo qual, na gíria destes sítios se designam os reformados canadianos e americanos dos Estados do norte, que nesta altura ainda estão debaixo de temperaturas negativas e fortes nevões e que, tais aves de arribação, aqui chegam para passar o inverno.
Claro que nem todos ficarão em South Beach nos imensos hotéis que bordam a praia e se espalharão pela imensidão desta extensa costa...
Hoje também nós aqui estivemos, eu como de costume só molhando os pés, a minha companhia, essa apreciando as águas tropicais, mornas e cor de esmeralda, nas suas características.

No entanto South Beach é conhecida não só pela praia mas também pelas belas casa de Arte Deco que são um verdadeiro património cultural que eles muito prezam e muito cuidam!

Aqui ficam algumas fotografias da praia com os seus típicos lugares de vigia (quem não se lembra deles da série Marés Vivas?) e de alguns edifícios da Collins Av. e Ocean Drive...e também das belas palmeiras que estão por todo o lado!

Como disse, em Miami está-se absolutamente dependente do automóvel. É evidente que há transportes públicos, o Metromover que é gratuito e que anda ao nível dos 7º, 10º andares, "furando os arranhacéus" e o Metrorail, também elevado,que vai mais longe mas apenas com uma linha! Claro que há os autocarros mas, para quem está pouco tempo e não conseguiu inteirar-se da rede antes de chegar não são opção a considerar.
Como tudo é longe e mesmo muito longe, ao contrário das cidades europeias, a forma de podermos ficar com uma noção da cidade é mesmo comprar um bilhete Hop-on/off para os autocarros Sightseeing na versão de 48h. Este aqui inclui dois percursos distintos e um passeio de barco na baía. Os percursos podem fazer-se as vezes que quisermos, sairmos e entrarmos nas paragens previstas e assim podemos a ficar a conhecer quase tudo.
Quando cá estivemos há dois anos, ficamos apenas três dias no regresso de uma mais longa viagem e foi pouco, agora ficaremos a conhecer Miami um pouco melhor.

Na realidade ela é uma cidade típica americana que beneficia da graça do seu litoral e das 23 ilhas que se interligam e que abrigam histórias... Depois além dos arranha-céus da downtown há a imensidão dos bairros de casas térreas, algumas consignadas a grupos específicos, a cubanos, a hispânicos de várias origens e claro está os americanos na sua generalidade.

As casas sem muros que as separem, com jardins mais ou menos tratados é assim a restante Miami.

p.s. Este post destina-se essencialmente à Marisa que vai cá vir dentro em breve.

Miami sem carro é impossível, tudo está a milhas no verdadeiro sentido do termo!
Hoje gastamos quase o dia a ir, ver e voltar de um sítio onde hei-de voltar para passar uns dias à boa maneira americana a fazer uns barbecues ou simplesmente a olhar para o canal!

Hoje foi dia de viagem mas sem nada de especial a assinalar. O resto do dia foi para nos localizarmos na cidade pois como da última vez que cá estivemos já foi há dois anos e o hotel foi outro tornava-se indispensável.
O fim da tarde foi destinado a "menage" leia-se lavagem dos polos e roupa interior já que muito dificilmente admito trazer roupa não lavada dentro da mala. Amanhã estará tudo seco, pronto a ser esticado, alisado, dobrado ou pendurado no guarda fatos, já que vamos ficar por aqui até sábado.
O tempo está quente, 29º e o céu limpo e alguma humidade.

Andamos numa de natureza e então hoje o dia foi passado em Sanibel, ilha ligada ao continente por uma ponte que leva a uma estrada única que a percorre ao comprimento e sempre pelo interior.
Nela não há pressão urbanística e a extensa praia que a rodeia é apenas acessível em muito poucos pontos e os lugares para estacionar são pouquíssimos! Propositado ou não isso deve dissuadir muita gente... Talvez por isso as aves que se vêem no areal são tão mansas que nem se dignam afastar quando passamos.

Uma das atrações de Sanibel são as conchas mas na realidade elas só aparecem em grandes quantidades (e isto segundo o Guia Michelin) depois das tempestades seguidas de maré baixa. Ora como felizmente não houve tempestade nenhuma só consegui as que vêem:





p.s. hoje como tinha prometido a mim mesma, experimentei a água e estava mesmo muito boa.

Naples é uma cidade que só posso apelidar de jardim! Posso dizer que nas áreas residênciais não há passeios como nós concebemos, tudo é um relvado como acabado de aparar e nele corre uma estreita faixa lageada por onde os peões passam no máximo dois lado a lado.
Há palmeiras, lindas sebes verdes donde espreitam as flores como quem tem medo da nova aparadela!
As casas vão das mais simples às que têm ar de ter donos com maiores proventos, mas sempre dentro de jardins que não têm nem muros nem grades!

Naples estende-se ao longo da costa com vários quilómetros de areia muito branca e fina, mas ao contrário do que pensaríamos é uma praia selvagem pois nenhuma avenida a percorre e está separada das casas por dunas com vegetação. Não há esplanadas em bares, nem vendedores ambulantes ou vendas de bóias, de baldes, T-shirtes ou chinelos... apenas um pequeno apoio totalmente em madeira com chuveiros e sanitários onde há um aviso perentório: "é proibido trocar de roupa!"

A temperatura era de 27º, a água, disse quem molhou os pés aqui no Golfo do México, que devia estar nos 25º. Amanhã vou obrigar-me a molhar os meus...