É "big", é uma "apple" e acompanha-me desde o primeiro dia de chegada à real Big Apple!
Trouxe-a do pequeno almoço com a intenção de a comer ao jantar, mas não, acompanhou-me por Washington, passou pelo Maryland, pela Virgínia e regressou hoje a ela intacta!
Certamente nestes três dias, que ainda por aqui andamos, dela ficará apenas o caroço na terra a que pertence... a Big Aple!
Como se compreende há estados em que as cidades têm verdadeira matriz inglesa como é o caso da Virgínia. Eles (os ingleses) foram donos destas terras e só com a ajuda dos franceses á América de então, se retiraram!
Assim se compreende que as Streets Lafaiette sejam tão comuns, que alguns de nós lembraremos da História, foi de grande importância na sua expulsão.
Mesmo ás portas de Washington há uma dessas cidades de seu nome Alexandria que, não fosse o calor húmido que se fazia sentir e as multidões que por ela se passeavam diríamos estar numa qualquer pequena cidade inglesa.
Aqui ficam algumas imagens que não me desmentem...
Exatamente assim, estamos a atravessar um extenso lençol de água e de imediato eis que mergulhamos num túnel que desce profundamente para mais umas milhas à frente regressarmos ao azul da baía! As fotografias que consegui não sei se fazem entender o que descrevi!
Muito ao longe o sítio onde a estrada "mergulha" na baía...
De forma alguma vimos tudo o que queríamos em Washington mas era forçoso cumprir o programa que tínhamos estipulado já que toda as marcações foram feitas há meses para pudermos encontrar preços mais baratos!
Vir à América e não andar na estrada é quase um sacrilégio e assim o Maryland foi o destino. Porém desta vez só vamos ter esse privilégio durante três dias e não propriamente naquelas estradas desertas, dormindo num motel e almoçando num restaurante à beira da estrada! Esta costa Este é muito povoada e por isso tira toda essa possibilidade.
Porém encontram-se cidades pequenas, com e sem história, mas sempre agradáveis. Naquelas que eu chamo de "sem história" também aquilo que designamos por Centro praticamente não existe, apenas habitações no meio de relvados sem muros o que lhe dá um ar muito, muito agradável.
No entanto há aquelas que, como Berlin, são testemunho de um passado mais longínquo e que para os Americanos são consideradas verdadeiras relíquias.
Berlim, em 2014 foi considerada a "coolest small town" do Maryland, isto é a mais interessante entre as pequenas cidades até 10 000 habitantes!
Na realidade os seus pequenos edifícios de tijolo vermelho alguns datando de 1700, estilo Federação ou Vitoriano estão primorosamente conservados e enchem-se de lojas requintadas na sua apresentação.
Também as actividades são inúmeras e o calendário cultural está preenchido todo o ano, indo das actividades mais sérias como os concertos, às famosas "corridas de banheiras" estas decoradas de acordo com a fantasia do concorrente e portanto motivo de grande atração...
Cidades como Berlin parecem-nos deslocadas no ambiente americano, mais nos parecendo uma qualquer "aldeia" inglesa!
Aqui ficam algumas fotografias da Berlin que não é a da Srª A.M. ...
Washington é uma cidade sem arranha-céus, literalmente! As ruas são todas amplas e estendendo-se por vários quilómetros, portanto nada é perto! Assim sendo,l programar visitas "aqui" e "logo alí " é muito aleatório. Nada é ali, tudo é lá longe!
Depois da visita ao interior do Capitólio e à Biblioteca do Congresso tínhamos programado um passeio em volta da Tidal Bassin que fica ao fundo dos relvados do Mall, depois do Memorial de Lincoln, mas qual quê? A estação de Metro mais perto deixou-nos ainda a uns dois quilómetros de distância, o que significava mais dois de regresso ao ponto de partida e como o céu ameaçava trovoada, desistimos!
O metro, no caso de Washington, não é solução para visitar muitos dos locais de interesse pois as estações nem sempre estão por perto e são muito longe entre si.
Como em poucos dias é difícil interiorizarmos a rede de autocarros não resta outra solução que fazer muitos dos percursos a pé.
Assim sendo hoje o meu pedómetro acusa 10.6 km!
Numa sala do Capitólio estão estátuas de mulheres e homens importantes para a América como Nação. Delas escolhi a de Rosa Parks (1913-2005) e a das Sufragistas.
A biblioteca do Congresso
Daqui de Washington desejo que o Henrique seja o orgulho dos pais tal como a mãe, e de forma tão merecida, é o orgulho dos seus!
Para quem quiser recordar aqui fica o relato da sua chegada.
Parabens Henrique!
Washington tem à volta de 200 museu referenciados (os principais são gratuitos) e obviamente há que escolher aqueles que não é fácil encontrar noutra cidade. Museus de Ciência, museus de Artes de todas as épocas, museu de História...há-os em muitas cidades da Europa, por isso resolvemos escolher dois que será mais difícil por lá encontrar.
O Air and Space Museum Udvar-Hazy é um museu que reúne aviões de todos os tipos, tamanhos e feitios. Lá estão, desde os mais antigos de puro recreio aos mais mortíferos como o "Enola Gay", mas também aos que trouxeram progresso à humanidade.
Foi precisamente o saber que lá estava o Space Shutle Discovery que pesou na decisão da escolha! É emocionante pensar que todas aquelas toneladas fugiram á gravidade terrestre e de regresso enfrentaram muitas centenas de graus quando da entrada na atmosfera. Porém ali está ele depois de 25 anos nestas funções!
A outra escolha foi o Spy Museum que alguém há muito me recomendou e que gostando eu de livros de espionagem potencializou a decisão. Lá estão dezenas de artefactos reais usados em espionagem por um e por outro lado durante a Guerra Fria e que nós achamos ser ficção dos filmes de James Bond. Na realidade não o são!
Só agora reparo que não fiz nenhuma fotografia e de como me envolvi com o que estava exposto! Seria curioso mostrar a fotografia de uma carta da Mata Hary que lá estava, escrita pela própria ou do guarda-chuva que dissimulava uma arma e que foi usado para matar um espião russo nas ruas de Londres! Estes entre muitos outros ligados a histórias que foram reais!
Também havia depoimentos em vídeo com espiões ainda vivos, homens e mulheres que resumiam a vida alucinante que tiveram... muito interessante!
Ambos a não perder se alguém dos/das que me lêem vierem por aqui.
Real e fantástico...
Há lugares que só conhecemos da história, outros dos livros ou, hoje em dia, porque tivemos notícia deles pela televisão.
Depois, quando temos a sorte de os visitar, nalguns casos ficamos desiludidos, outras vezes ficamos-lhe indiferentes, mas ainda há os que superam as nossas expectativas.
Neste último caso está, para mim, o Memorial a Abraham Lincoln! Talvez pela imponência da estátua com que o povo americano o homenageou, talvez por nela se sentir a sua importância na libertação dos americanos negros... ou talvez por saber que do alto da mesma escadaria, Luther King fez o famoso discurso onde apelava a uma "nova libertação" ...
Isto foi apenas há pouco mais de 50 anos! O seu discurso "I have a deram" passa em vídeo numa pequena área na base do monumento e visto antes de subir a escadaria de mármore preparou-me para a emoção que senti!
Pelo que aconteceu em Baltimore, já estando eu aqui, se constata que o sonho de LK ainda não foi verdadeiramente cumprido!
Como sítios com idênticas funções nos transmitem sensações tão diferentes!
Estou a falar de dois cemitério que ultimamente visitei (não é morbidez, não!) Do Pére Lachaise já falei aqui da sensação deprimente que me causou...
Hoje falo do de Arlington, um verdadeiro jardim onde, como flores em canteiro, se alinham milhares de pedras brancas que diferem apenas no nome de quem ali descansa, ou não descansando, porque esse alguém ficou em terras distante, apenas o representam.
A paz é enorme e o parque onde tantos repousam, à sombra de inúmeras árvores, fez questionar-me porque tantos se ofereceram / oferecem para lutar em terras que não eram/são as suas!
Por respeito, tirei apenas esta fotografia para este post.
Não vou falar daquilo que todos conhecem de Washington, da Casa Branca, do Capitólio (que está embrulhado em andaimes), da Reserva Federal ou dos muitos ícones da cidade.
Do que eu quero falar é das ruas cheias de árvores, muitas delas floridas, dos parques a perder de vista, dos relvados... das casas com jardins e sem muros onde há azáleas floridas e arbustos colocados de forma calculada, se não por algum arquiteto paisagista, pelo menos por donos com muito gosto!
Aqui vão alguns exemplos:
