Já restam poucos...
Fui para a rua com o único propósito de esticar as pernas depois destes dias chuvosos e de sofá. Desci a avenida predisposta a não olhar as montras e trocá-las pelas varandas e painéis de azulejos que restam, e já restam poucos!
Lembro-me, e já lá vão umas dezenas de anos, do meu professor de Geografia Urbana nos falar do grande declínio do uso dos azulejos nas decorações das fachadas lisboetas, nas primeiras décadas do século (então séc XX). Esse declínio segundo se julga foi consequência de uma postura camarária que alegava perigo para os transeuntes, pela facilidade com que estes se desprendiam das fachadas.
Assim grande parte dos azulejos que nos fascinam são antes dessa época e posteriores a ela. Hoje todas as fachadas com azulejo estão protegidas e estes não podem ser retirados.
Aqui fica uma fachada que resistiu ás décadas desde então, no entanto não me parece que haja indícios de que alguém esteja preocupado com ela!