Com atraso...
Com atraso o meu jacarandá começou a florir e portanto não está ainda no seu auge. Aqui no Areeiro os invernos são muito frios e isso atrasa a floração, mas como não sei se estarei aqui para a semana , fotografei-o hoje.
Com atraso o meu jacarandá começou a florir e portanto não está ainda no seu auge. Aqui no Areeiro os invernos são muito frios e isso atrasa a floração, mas como não sei se estarei aqui para a semana , fotografei-o hoje.
Hoje estas duas crianças já têm filhos muito maiores do que as crianças que eram então.
Encontrei a fotografia na "parede de recordações". Nesta altura o A ainda não tinha nascido, a P devia ter uns sete anos e o H teria uns quatro. Durante muitos anos vestiram de igual, nessa altura ou pelo menos os meus não reclamavam e ficavam tão giros!!
Os "plouvers" trouxe-lhos de Londres, (a saia e os calções fui eu que lhos fiz). Nessa altura eles ficavam com os avós e nós fazíamos sempre uma semana algures numa qualquer cidade europeia... só passaram a acompanhar-nos quando o H fez a 1ª classe e o mesmo aconteceu mais tarde com o A.
A fotografia foi tirada na Primavera, no jardim da cidade que os viu crescer.
As paredes são ótimas para pendurar lembranças!
Por cálculos meus estão ali por volta de noventa anos em fotografias, entre elas, como lei da vida, muitos não estão já entre nós: avós e bisavós, o pai também já não... Mas também lá há lugar para os vivos: mãe, irmão e irmã e meus filhos pequenos lá estão.
Entre elas, há fotografias que me são muito queridas como a dos meus pais ainda muito novos, uma fotografia da nossa família tirada num fotógrafo no Porto... todas a preto e branco já que as fotografias a cores são do tempo dos meus filhos.
Um dia, há décadas num mês de Maio, dei por mim a ter a sensação de que o azul do céu chegava mesmo ao relvado do Parque...
De caminho para a Faculdade havia que descer ao Marquês para apanhar o 31 ou 38 e vinda da Rua Artilharia Um, o caminho mais curto fazia-se pelo Parque Eduardo VII.
Exceptuando o inverno, em todas as estações era um prazer atravessá-lo mesmos que em passo de atraso. Ao subi-lo era diferente, mais custoso é certo mas com mais tempo para o admirar... e foi assim que num mês de Maio me dei conta destas árvores azuis das quais nem sequer sabia o nome!
Hoje passados tantos anos lá estão, bem maiores mas igualmente a fazerem chegar o céu à terra... Lisboa tem nesta altura dezenas de "ruas azuis" que mereciam um périplo à maneira das amendoeiras em flor.
(aqui o do Areeiro ainda está atrasado, mas florirá, florirá!)
Estes são de Lisboa...
Os do Parque da Nações, ainda com poucos anos
Estes, conheci eu nas minhas passagens pelo Parque
Numa transversal à Avenida da Liberdade
Às vezes pergunto-me como é que tenho ex-alunas, da idade dos meus filhos, que de vez em quando se lembram que eu existo e me convidam para um café. Claro que eu argumento que um café não dá tempo para conversar e proponho sempre um almoço.
Há duas semanas o almoço foi com a Marisa que tendo vindo do Luxemburgo, com os seus três meninos, ainda arranjou tempo para mim.
Combinamos ser num pequeno Restaurante no Centro Comercial, perto da casa dela, não fosse haver alguma emergência com o bebé Augusto que ainda só tem três meses. Eu pedi o peixe grelhado de quase sempre, a Marisa pediu bitoque, afiançando-me que o bitoque português era o ”melhor" do mundo! Saudades de quem está imigrado, pensei eu...
Conversámos duas horas e meia, conversa sobre tudo: o dia a dia de uma mãe trabalhadora no Luxemburgo (do qual ela não se queixa), da escola do Vicente e de como ele se entende com duas línguas, o francês e o luxemburguês e os receios de mais uma no próximo ano, já que na primária é iniciado o alemão...
Conversamos ainda sobre a generalidade dos portugueses no Luxemburgo onde 16% da população é portuguesa e onde 25% dos imigrantes do país foram de Portugal!
Falámos de como é bom estar no centro da Europa e poder num saltinho estar na Bélgica, na Holanda, na França ou na Alemanha... mas também do que mais a penaliza, a falta de sol e céu azul!
Ontem o cafezinho foi também almoço, já desde o ano passado que não nos encontrávamos e duas horas de conversa passaram num instantinho. Não havendo filhos há sobrinhos, os pais que conheço, os amigos que não conhecendo no sentido absoluto do termo conheço de anteriores conversas... Algumas tristezas à mistura.
Mas a Sandra continua como sempre, elegante e de olhar sorridente!
Não há nada a fazer quando se tem um relvado virado para o campo, ou melhor há: ou se desiste do relvado, ou coração ao largo e deixa-se que ele vire campo também ou então, com persistência e assiduidade vão se mondando os dentes de leão os trêvos, as papoilas...
Foi isto que fiz ontem à tarde mas há que ficar atenta ao próximo despontar.
Num livro de jardinagem aconselhava, como muito saudável, arrancar as ervas à mão em vez de aplicar um herbicida, pois andando de cabeça baixa o cérebro seria mais irrigado!
Tem a sua lógica, não tem?!
Mãe, porque é que a massa se chama massa de cotovelos e não de ombros? Ela tem a forma mais parecida com um ombro do que com um cotovelo... pois a massa é curva como o ombro e não faz a dobra do cotovelo.
da Diana
As buganvílias são umas plantas difícil, isto é custam muito a implantar-se, podem estar anos sem dar flor (tive uma que só as deu 10 anos depois!), mas depois de se aclimatarem ao lugar, o difícil é mesmo trazê-las controladas.
Este ano as minhas estão lindas!
Aqui vão elas: