Sexta-feira, 29.06.18

Chá de tília

 

Passava eu  apressada pois mesmo àquela  hora da manhã já o sol se prometia inclemente quando, um perfume me seguiu  mais além do tronco da  árvore da qual eu não tinha dado conta. Parei e obviamente reconheci o cheiro e a árvore, era uma tília!

As tílias são árvores da minha infância, como podia eu não reconhecer o perfume?

 

Na rua da minha avó havia várias, frondosas, alinhadas ao longo do passeio. Uma delas era tão grande que passava para lá do primeiro andar e só não entrava dentro de casa porque lhe iam cortando a pontas dos ramos!

Por esta altura era vê-la florida e atrevidamente roçar a janela... Com supervisão era-nos permitido  colher algumas flores, sempre num jogo do gato e do rato com as abelhas!

Para nós eram momentos excitantes e das duas ou três mãos cheias de flores exigíamos sempre um chá, ao que a minha avó sempre acedia.

 

Um dia a modernidade chegou e de forma inclemente as tílias foram cortadas para “alargar”a rua... no seu lugar plantaram não sei o quê, só sei que estando lá há uma década continuam raquíticas e sem perfume, claro está!

 

 

 

Esta tília é ainda muito novinha...

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... mas está cheia de flores... logo de perfume!

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publicado por naterradosplatanos às 18:17 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Segunda-feira, 25.06.18

Como foi possível?!

 

“Conhecia” Sebastião da Gama como poeta, eventualmente terei lido um poema ou outro mas jamais o associei a um professor, muito menos a um Professor Poeta... o que não é a mesma coisa que Poeta professor!

Há dias recebi pelo correio o “Diário” mas, como estamos longe ainda não tive oportunidade de indagar sobre o motivo da escolha embora a adivinhe, (gentileza dela!).

Provavelmente a maior parte dos que me lêem também não saberá que durante a sua curta vida (morreu com 27anos) Sebastião da Gama foi um professor apaixonado pelo que fazia. No seu “Diário” foi anotando as suas reflexões, muitas vezes e quase em pormenor, esta ou aquela aula que o deixou mais feliz de si mesmo...estratégias para lhes ensinar gramática, a maneira de abordar Os Lusíadas e conseguir o entusiasmo dos seus alunos... também como controlar a rebeldia de alguns e trazê-los ao bom caminho...

Para mim, que fui professora, foi apaixonante a sua leitura e pensei que me teria sido muito útil se o tivesse lido nos meus primeiros anos!

 

Como foi possível que só agora eu o tenha conhecido?

Obrigada Fátima, por mo teres oferecido!

 

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Quinta-feira, 21.06.18

Os chapéus de palha de Williamsburg

 

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Tirei esta fotografia em Williamsburg, na Virgínia em Maio de 2015, num dos nossos “ e por aí...”. Tirei-a não só porque achei a imagem bonita mas porque pensei que seria uma boa ilustração para o post sobre o Solstício de Verão que então se avizinhava. O facto é que a esqueci entre as muitas e só hoje me lembrei de novo dela.

Sim, hoje é o dia do Solstício de Verão e este post será publicado exatamente no momento em que o Sol atingirá o ponto mais alto da Esfera Celeste, portanto às 11h e 07m.

 

O Verão está pois aí e chapéus precisam-se mas, não se esqueçam que é exatamente hoje que os dias começam a diminuir!

publicado por naterradosplatanos às 11:07 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Segunda-feira, 18.06.18

The season is open!

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Sábado, 16.06.18

“Under the Stars”

 

A primeira vez que assisti a um espectáculo de Luz e Som foi em Avignon, teria eu uns 20 anos, foi no Palácio dos Papas e deixou-me maravilhada! Depois disso vi outros, não muitos porque são sempre muito tarde, já que é preciso estar bastante escuro e nós não somos noctívagos! 

Desta vez, porque achei que a R. ia gostar decidi comprar bilhetes para as duas... foi um espetáculo lindo, muito lindo! 

 

Debaixo dos céus de Lisboa, nas Ruínas do Carmo, ao som das vozes inconfundíveis de Marisa, Teresa Barata Salgueiro, Amália, da flauta de Rão Kiao... desfilaram cenas da História de Portugal em que o fio condutor foi sempre o Convento!

 

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publicado por naterradosplatanos às 22:33 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Quinta-feira, 14.06.18

Deixemos por agora a Baixa para os turistas...

... e regressemos lá para o inverno.
Como se sabe e alguns se queixam, agora as ruas são deles...Hoje por duas vezes  empregados de esplanadas se me dirigiram em francês, talvez pela minha mochila e ar descontraído, confundiram-me com uma turista!
Realmente agora, pelo que se lê, os franceses também já nos descobriram e assim a sua língua ouve-se quase tanto como o inglês, o que até agora não era comum. O que também constatei e com pena, foi que lojas que eu conhecia desapareceram e no seu lugar estão  pastelarias, restaurantes, lojas de “souvenirs”! Disso  também não gosto, mas parece ser a evolução natural dos sítios turísticos... nada a fazer!
 
Esperemos um próximo inverno menos chuvoso para então nos passearmos pela Baixa lisboeta de forma mais tranquila.

 

publicado por naterradosplatanos às 20:09 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quarta-feira, 13.06.18

Polinizando...

No caso dos maracujás a Natureza não foi muito inteligente já que a parte feminina e a parte masculina  da flor estão de “costas voltadas”! Assim a polinização torna-se muito difícil se não houver abelhas e sobre tudo abelhões que pela sua dimensão consigam por o pólen  nos estiletes, que estão elevados em relação aos estames!

Como nem sempre os insetos são em número suficiente, os conhecedores aconselham que se faça uma polinização manual já que se as flores não forem fecundadas, caem ao fim da tarde!

Assim sendo, esta tarde eu fiz o serviço dos abelhões e por lá andei tirando polén de uma flor para a seguinte, desta para a outra é assim sucessivamente.

Para a semana repito a tarefa... lá para Outubro serei recompensada!

 

Aqui ficam as flores “passiflora”

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publicado por naterradosplatanos às 19:27 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Segunda-feira, 11.06.18

Papoilas

Espreitando de cima do muro quem passa em baixo...

 

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publicado por naterradosplatanos às 21:30 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Domingo, 10.06.18

Na Feira de Estremoz

A feira de Estremoz, acontece todos os sábados, é  uma feira à maneira antiga, quero eu dizer que nela não se vende roupa nem calçado! Porém as bancas são muitas: produtos verdes, frutos secos, queijos, fumeiro, depois as velharias, e as carrinhas que trazem os hortos até quem tem horta ou uma simples varanda... Eu comprei um pé de maracujá já que os que semeei há dois meses ainda não nasceram e os que tenho estão a ficar velhos.

Porém do que eu mais gosto é daquele feirante que vende fruta ao balde  sempre ao preço de 3.5€ (se não quisermos trazer o balde são só 3)!

Hoje compramos-lhe alperces maravilhosos, da última vez anonas  que era o  que também procurávamos, mas que já não havia. 

aqui disse que em Montreal a fruta muitas vezes se vendia não a peso mas em volume ou seja, ao litro! Das primeiras vezes achámos esquisito mas, refletindo sobre uma coisa que á primeira vista parecia disparatada,  chegámos à conclusão que era por economia de esforços, ecomia de tempo e “tempo é dinheiro”!

Vejamos, vender ao quilo  implica acertar o peso, por mais uma pera ou uma maçã, um alperce ou uma ameixa e como é difícil conseguir um peso exato, há que calcular o valor monetário respetivo, o que corresponde a outra operação... assim metendo a fruta em caixas  com a a capacidade decidida, normalmente um, dois litros, não há que pesar, é só colocar  o preço!

 

Este vendedor também descobriu isso!

 

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publicado por naterradosplatanos às 11:18 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Domingo, 03.06.18

O Castelo de Silves e as aulas de Geologia

 

Subindo a rampa que a ele nos leva, as minhas memórias recuaram décadas e de repente vi-me na aula prática de Geologia, na hoje vestuta Faculdade de Ciências... em frente um tabuleiro cheio de pequenas caixas metálicas que continham aquilo sobre o que nos devíamos debruçar...  de uma delas “salta” o Grés de Silves!

 

O Castelo de Silves é totalmente feito neste arenito vermelho, rocha há milhões de anos erguida do fundo do Oceano e dominante por aqui.

 

Mudando de mãos, entre muçulmanos e cristãos, reconstruído diversas vezes, lá continua excepcionalmente bem mantido no cimo de uma colina, na Serra Algarvia, rodeado de pomares de laranjeiras.

 

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 O prospecto junto com o bilhete

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publicado por naterradosplatanos às 19:18 | link do post | comentar | ver comentários (4)

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