Vivemos na mesma cidade e há uns quatro anos que não nos víamos! Imperdoável de um lado e de outro... encontrámo-nos hoje na farmácia.
A Dina foi professora de um dos meus filhos e eu de um dos dela. Hoje soube, para grande surpresa minha, que o Manel já tem duas meninas, uma delas com três anos!
Foi isso que me fez ver que já há quatro anos que não nos víamos!
Tal como uma vez li no blog da Luísa “o tempo devia ser multado por excesso de velocidade!!”
Não foram muitos, os kiwis este ano, apenas 8kg que certamente ficaram mais caros do que comprados na frutaria!
Enfim, deram-me prazer vê-los florir e depois ir espreitando o número de flores que se transformaram em frutos...
Finalmente colhi-os há dois dias e aqui estão eles:
... e o nome das ruas, das avenidas, largos, praças e pracetas também!
Descobri hoje que o Campo das Cebolas (que na realidade é uma área que faz parte da Rua dos Bacalhoeiros), mudou recentemente de nome!
O largo e desde há muitos séculos, tinha essa designação já que era aí que se fazia uma feira de produtos agrícolas.... como Campo das Cebolas chegou até aos nossos dias!
Há pouco tempo tive a notícia que tinha passado para Largo José Saramago.
Na altura não percebi a necessidade que tal acontecesse mas o meu filho A. fez-me ver a coisa de outra maneira argumentando assim: na altura em que aí funcionava o mercado era importante o nome para identificar o que nele se vendia, hoje é preciso identificá-lo para os turistas.
Tive que lhe dar razão!
Hoje fui ao Largo José Saramago!
A tarde está cinzenta e fria, fui de fugida à “propriedade” apenas para constatar o Inverno que se implantou nela: árvores despidas, folhas, emaranhado de ramos de vinha... os maracujás amarelecidos!
Assim sendo nada restava senão passar a tarde aqui:
... e aqui:
Para uma menina do Sul que só viu duas ou três vezes neve na Serra da Estrela esta semana tem sido de deslumbramento, e não é de admirar!
Eu, criada a Norte e em terra em que, na altura, o Inverno era a sério e frequentemente as manhãs nos surpreenderem brancas, ainda sinto encantamento pelas extensões nevadas: os jardins com os seus bancos por ela arredondados, as pegadas de alguém que por lá passou sem a macular... estou a falar já perceberam, não da terra onde nasci mas de Montreal, cidade que adotei por pouco mais de um ano,
Agora quando recebo fotografias de Helsínquia sinto saudades desses tempos e simultaneamente felicidade por a Raquel estar a ter essa experiência única!
Pelos WhatsApp vejo como ela está e no seu dizer “hiper-mega” feliz!
Conheci o John como meu professor no WSE Udine, depois vim-me embora e a relação professor aluna tornou-se numa relação de amigos.
O John tem a idade da P., segundo me contou na altura, licenciou-se em Geografia no Real College de Londres, um dia em viagem de férias a Itália, apaixonou-se por Udine e a Inglaterra ficou para ir ir de visita!
O John é filho de uma Irlandesa e de um Jamaicano, daí o seu “ar de pirata”!... como professor era brilhante e daqueles que se propunha corrigir sempre os nossos erros e sempre com os porquês da correção... mesmo hoje quando lhe escrevo algum e-mail (e porque, obviamente, ainda dou erros) vem sempre em resposta ao meu devidamente corrigido!
Por azares da vida, deixou há uns meses Udine e regressou a Londres... hoje teve a amabilidade de me enviar esta fotografia com a mãe no dia de aniversário dela!
Fiquei muito sensibilizada com a amabilidade!
Hoje recebi esta fotografia, via WhatsApp, e compreendi que se trata da reflexão de uma aluna do Curso de Geografia que esteve no Seminário sobre o uso do Portefólio na disciplina de Geografia, em que eu participei.
Fiquei emocionada, não só porque acho que lhes consegui passar a ideia da ferramenta importante que é o Portefólio mas também que a aluna, que escreveu, tivesse notado a profunda amizade e cumplicidade entre nós duas!
Who reads me in Japan?
Please, tell me something about yourself!
Nas grandes latitudes, quando de Inverno o Sol está muito pouco tempo acima do horizonte! Por esta data em Helsínquia nasce lá para as 9:30 da manhã e põe -se pouco depois das 15:30. Porém não quer dizer que a seguir ao momento que se põe seja a escuridão. Não, a estas latitudes o crepúsculo é de enorme duração...Acontece que em certas alturas do ano os crepúsculo são tão grandes que o vespertino se junta ao matutino e por isso não há verdadeiramente noite, mesmo não estando o Sol acima do horizonte!
Hoje o pôr-do-sol em Helsínquia foi assim, com a R. a observá-lo:
Não é segredo para quem me lê que eu fiquei muito ligada a Montreal,
tanto que ainda hoje, oito anos volvidos, continuo a ler o “Globe and Mail” e “The Gazette”... a consultar a meteorologia e a espreitar as Webcams!
Agora que a R. está em Helsínquia logicamente que consulto todos os dias as temperaturas que por lá se registam e se a neve cai ou não!
Hoje pela manhã constatei o seguinte:
Montreal -17ºC
Helsínquia -1ºC
Ora Montreal está a 45ºN e Helsínquia a 60ºN, portanto aqui estava um bom exemplo para demonstrar como a continentalidade interfere na Temperatura
Acontece que quando eu ensinava os Fatores de Clima não tinha as capacidades de o demonstrar de forma tão evidente como agora em que tudo se sabe “just in time”!
Nessa altura os alunos só tinham que acreditar e pronto!
Agora não, poderíamos fazer essas análises ao longo de uma semana ou duas, construir um quadro, talvez um gráfico, depois tirar conclusões e regista-las por escrito. Também ilustraíamos o trabalho com um mapa onde simultaneamente estariam localizadas as duas cidades e as respetivas latitudes.
Acho que seria um trabalho interessante e que grande parte dos alunos não mais esqueceria a continentalidade como importante fator de clima!
Como teria sido bom eu ter disposto de todas estas ferramentas!
