Vai-se perdendo o hábito de contar histórias! (a propósito do comentário da Luísa)
No tempo em que os livros infantis escasseavam, as histórias eram-nos contadas, o enredo obviamente era o mesmo: o lobo do Capuchinho Vermelho estava lá sempre, a bruxa má da Branca de Neve, o príncipe da Bela Adormecida também, o que mudava eram os pormenores e a Glória era pródiga em no-los mostrar como num filme! Por essa altura já sabíamos ler mas, os livros destinados a gente muito pequena não eram comuns... mais tarde chegaram-nos pela mão da nossa querida tia, os livros da Condessa de Segur, As Mulherzinhas, a Anne Shirley, o Feiticeiro de Oz e tantos outros, para a nossa idade de iniciadas nas leituras...
Vem tudo isto para dizer que hoje já não se contam histórias, até eu já não as contei aos meus filhos... hoje lêem-se-lhes histórias o que talvez até seja melhor, pois familiariza-os com os livros e incentiva-os a ler!
Com todos os meus três usei o mesmo processo, a partir do momento em que eles já eram capazes de ler. Comecei pelo Feiticeiro de Oz e a certa altura quando o episódio (capítulo) prometia um desenvolvimento emocionante ficava-me por aí, resistindo ao: lê só mais um bocadinho, mamã!
No dia seguinte de manhã e aconteceu com todos, lá estavam eles agarrados ao livro, que propositadamente eu deixara na mesinha de cabeceira!