Levantar ás 3h da manhã... para ir ver o nascer do sol!
Exatamente, eu e o Jorge levantamo-nos às três da manhã para antes das quatro estarmos no ponto de encontro. O convite tinha-me sido feito por ele há uns tempos e eu aceitei, o dia chegou hoje.
Lá em baixo ficou a cidade dormindo ainda...
O nascer do Sol estava previsto para as 6.13, mas havia ainda quase duas horas de caminho pela Serra da Arrábida até áquele ponto alto de onde íamos puder ver o céu avermelhar-se, e de lá “saltar” o disco vermelho que caracteriza cada nascer-do-sol.
Olhando para trás ficava a cidade que ainda dormia, como que aconchegada num cobertor de poeira das estrelas...
O caminho não é fácil... subir a serra por caminhos mais ou menos pedregosos onde as pedras rolam debaixo dos nossos pés ameaçando fazer-nos perder o equilíbrio a todo o momento.
A vegetação é mediterrânea e áquela hora exalava o cheiro perfumado que a caracteriza: estevas, rosmaninho, orégãos... depois os medronheiros, loureiros e tantos outros de que já esqueci o nome, formando um túnel verde...
O grupo tinha 29 pessoas, a maioria delas já repetentes nestas caminhadas... eu não me portei mal já que consegui ir sempre no pelotão do meio o que significa que havendo alguns que se adiantaram também os/as havia no fim da fila, que ora se espessava ora ficava uma fita a que a largura do caminho obrigava.
Duas horas depois o nosso horizonte era este...
e por fim este...
Lá cima fazia muito frio, os casacos voltaram a sair das mochilas... muitos clicks... depois começamos a descida. O último troço do percurso foi feito na estrada romana que feita de rochas da serra, nos brindava aqui e ali com uma pedra inconfundível de brecha da Arrábida!
Se valeu a pena? Valeu com certeza!
Obrigada Jorge!