Pela costa, para Sul...
Poder chegar ou partir quando nos apetece é uma das suas grandes vantagens... Está vento, está frio, demasiado calor ou qualquer outra coisa que nos desagrade é apenas desligar-nos e partir!
Assim aconteceu ontem e 100 km depois alicerçámo-nos em Mira, melhor, na Praia de Mira junto à Lagoa. No parque já há pouca gente e ao contrário do Canidelo, onde as matrículas eram vindas dessa Europa além Pirineus, aqui não, os poucos que estão, são daqui, dentro de fronteiras!
Também na vila e na praia se notava bem essa não proveniência... facilmente se conclui que aqui o turismo não é sofisticado, a língua é a nossa, os jornais também e as pessoas não parecem vir de muito longe!
Na praia, ao lado das toalhas vêem-se ainda mantas, a senhora que estava solitária a uns metros da escada onde me sentei (prefiro sempre não pisar a areia) tinha uma, lia a “Maria” e estava vestida... precisaria apenas do cheiro da maresia, não do Sol!
Mira é também a praia associada aos Palheiros, os Palheiros de Mira, (casas de pescadores) que já não mais existem. Estes foram substituídos pelo bem estar que as possibilidades permitiram... casas de fachadas de azulejos, muitas vezes de gosto duvidoso!
A parte da vila virada à lagoa tem um aspecto cuidado o que não se pode dizer do lado da praia onde os passadiços estão danificados e as dunas pontuadas de restos que os banhistas por lá deixaram...
Uma pena!
do lado da Lagoa
No entanto, a bandeira azul já gasta continua a adejar ao vento que também aqui se tornou forte!