Há dois provérbios portugueses que se me aplicaram ao longo do dia:
- Não vá o sapateiro além da chinela
E foi assim:
Chegámos a casa depois do passeio, por volta das 10 e como no dia anterior me tinha proposto queimar os restos das podas que fiz às árvores, fui tratar do assunto: colocar uns jornais velhos amaçados, juntar-lhe umas folhas secas e sucessivamente e aos poucos os ramos e depois atear fogo🔥... roda de um lado, roda do outro de soprado em riste, mas nada. Consumiram-se por duas vezes os jornais e nada de labaredas consistentes! O meu “mordomo” chama-me para almoçar... Resumindo, não vá o sapateiro além além da chinela aplicou-se-me!
Como sou uma pessoa resiliente e apesar do prognóstico de se repetir a manhã , depois de almoço voltei a fazer nova tentativa. Comecei metodicamente do princípio, lembrando os passos que segue o Sr. Romeu, que é quem em tempos normais faz este serviço: uns guiços finos e folhas secas primeiro, uma camada de ramos, bolas de papel jornal bem apertado com um pouco de óleo vegetal já usado (para a combustão ser mais lenta) seguida de mais ramos... isqueiro em riste e vá deitar fogo à pilha que resultou. Lentamente as folhas secas e os ramos finos foram ardendo e fazendo brasas (essencial). A partir daqui foi por todos os ramos que previamente cortei em pedaços mas sempre sem abafar os que lá estavam, já que o oxigénio é necessário a qualquer combustão. O soprador ajudou... e muito!
Depois deste esforço aplicou-se-me o segundo provérbio:
Quem porfia mata caça!!
Aqui já estava no fim da queima
