Segunda-feira, 31.05.21

A 1.a Colheita🍒

 

Tudo o que sei de agricultura aprendi-o nos livros sobre o assunto e ao longo de muitos anos com as duas pessoas que gentilmente me fizeram e vão fazer o mais duro!

Quando decidi plantar uma cerejeira, fui informar-me à minha bíblia “Manual do Agricultor”, uma fraca tradução brasileira do original inglês, mas que me ensinou  cientificamente o importante.

Sobre plantar uma cerejeira dizia: só plante uma cerejeira se se verificarem as seguintes condições:

-invernos frios

-bastante espaço

-quase ausência de pássaros

 

Embora só as duas primeiras premissas se verificassem (invernos frios e espaço) já a terceira, longe disso!

Mas com nem tudo pode ser perfeito decidi plantar uma...

Ora, razão tinha o autor e por não dar razão á sua razão, todos os anos me debato, luto, arranjo artimanhas, para neutralizar a sua voracidade: a primeira foi um espantalho feito por mim, seguiram-se umas fitas prateadas que adejam ao vento e me disseram muito eficientes; velhos CD que era suposto fazerem reflexos... a seguir comprei um “moinho de vento” de lata que com o vento  fazia um barulho doido (a vizinha queixou-se e eu tive que desistir), enfim todos os anos uma nova tentativa sem sucesso!

Nos últimos três anos decidi-me pela rede, mas a árvore tem crescido e torna difícil aplicar este estratagema... assim este ano quando os frutos começaram a pintar decidi-me isolar com ela os ramos mais produtivos, uma trabalheira!

Resultados? Melhores, embora o atrevimento dos melros e outros, nem sempre os faça resistir ao vermelho brilhante dos frutos!

 

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Aqui está a prova do atrevimento:

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publicado por naterradosplatanos às 10:36 | link do post | comentar | ver comentários (5)
Quinta-feira, 27.05.21

Mar [em] Amarelo

 

O verdadeiro Mar Amarelo fica na China, entre a área continental e a Península da Coreia. 

Já lá vão décadas que aprendi que deve o seu nome à cor das suas águas, que por sua vez são consequência dos sedimentos trazidos pelo também Rio Amarelo, designado pelos chineses de Huang Ho.

O Rio Amarelo carrega consigo os sedimentos amarelos arrastados pelos ventos do deserto da Mongólia - o loess - que espalha no mar essa cor que o denomina.

 

Porque falo eu aqui de mar amarelo?

Porque se nesta altura viajarem por Trás-os-Montes verão um mar amarelo de giestas em flor!!

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Domingo, 23.05.21

“Da Gaveta” *

Acabei de ler “Da Gaveta” e também gostei muito. É um livro denso, metafórico na sua maior parte. É preciso lê-lo de vagar (o que me foi difícil já que é empolgante) porém às vezes ainda precisei de voltar a trás e recordar a história numa geografia que conheço, embora não na primeira pessoa.

O livro começa com as memórias de uma infância feliz e de alguém que muito se amou …acaba com palavras em que a ternura se sente:

”Compreendo-te mãe “ 

 

Isabel Tallysha-Soares  -   Da Gaveta, Coolboks  

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publicado por naterradosplatanos às 17:26 | link do post | comentar | ver comentários (6)
Sábado, 22.05.21

Nêsperas (as minhas)

 

Ao longo dos anos já tive três nespereiras: uma enorme que tivemos que cortar, já lá vão 19 anos, para pormos a piscina; plantámos uma segunda que saiu de má qualidade e o destino foi o da anterior, por fim parece que acertamos. Esta tem uns quatro ou cinco anos, comprámos-la num vaso e como estava já cheia de frutos pudemos prová-los e aprovar a árvore!

Este ano, talvez por ter poucas são enormes - do tamanho de um ovo!

 

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Com rede, pois claro, para precaver atrevimentos!

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Terça-feira, 18.05.21

Foi há uma semana...

 

Sim, o Dia da Espiga foi na semana passada e eu só me lembrei quando ontem, em passeio pela Azinhada, me dei com esta beira de estrada.
Na terra onde nasci não se lembrava o dia e só me dei por ele quando fui para Lisboa.

No dia, vendedoras ofereciam molhinhos coloridos de papoilas vermelhas e malmequeres brancos e amarelos, sem faltarem as espigas (que nem sempre eram de trigo), numa qualquer esquina onde sabiam encontrar fregueses...

Depois, já no Alentejo e com crianças no infantário lá vinham todos os anos os raminhos que elas nos traziam com as flores apanhadas algures perto da escola.
Não sei se lhes teriam explicado a que se associava a tradição, tendo origem pagã ligada à felicidade e abundância ou se ao simbolismo cristão da Ascensão... mas também isso não era importante na idade que tinham, o que importava era
a alegria que lhes dava!

 

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Domingo, 16.05.21

Antes do sol escaldante chegar...

Os “previsores” (não sei se a palavra existe legalmente) dizem que neste verão as temperaturas vão ultrapassar em muito os 40°C. Sempre aprendi que uma previsão além de 5 dias é falível, quanto mais à distância de três meses!! Tudo isto para dizer que o verão é a pior época para o meu jardim, mesmo que não se atinjam no Areeiro esse horror de temperaturas!

Agora sim, está bonito e eu vaidosa dele!

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Improvement...

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Sexta-feira, 07.05.21

Eu, do Nada...

Li o livro há poucos dias e porque me impressionou achei que devia escrever sobre ele tal como fiz com o Nomadland.

Gostei imenso! A Autora tem uma  forma muito interessante, peculiar direi, de dizer as coisas, de contar a história! O contexto histórico vem do passado até um quase presente... a história começa com as Invasões Francesas e termina no 25 de Abril. Geograficamente desenrola-se entre o espaço que começa nas fortificações das Linhas de Torres e estende-se até às portas de Lisboa.
É neste espaço que a história se desenrola, sempre conduzida pela linha familiar, terminando quando essa linha também termina.

As personagens, são filhas, mães, pais, avós, tios... família alargada que, com as vicissitudes das vidas, se vai estreitando, deixando o Eu na solidão do seu coração... um coração que abrigou amores muito diferentes e que a autora tão bem descreve!

 

O título “Eu, do Nada” é um título curioso pois aqui o "Nada" não é um pronome indefinido mas sim um substantivo!

Leiam que vão gostar*

 

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   *Isabel Tallysha-Soares, "Eu, do Nada" - Coolbooks

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7 de Maio, 8 anos!

Há oito anos nasceu o bebé a que os pais deram o nome de Henrique. Foi crescendo até ao menino que é hoje, tímido ao primeiro contacto mas depois desafiante... não sendo uma criança rebelde. Menino super curioso, apaixonado também pelos comboios, quer saber como tudo funciona e que, nas suas brincadeiras a sós, também tem jeito para inventor. Já me esquecia de dizer que também tem muito jeito para a cozinha e que consegue fazer um bolo simples ele sozinho!


O pai fez-lhe uma casa numa árvore do jardim e a mãe já me disse que anda preocupado em pintá-la antes da minha próxima visita.

O jeito para o desenho também é uma característica sua, desenhos que foram evoluindo até se tornarem de uma minúcia extrema...

Num deles escreveu que quer ser maquinista e engenheiro civil tal como o pai!

Hoje os parabéns também vão  para a Fátima e para o Jorge que certamente o conduzirão de forma a torná-lo um adulto feliz e responsável tal como eles o são!

 

Henrique, parabéns da  “professora” como ternamente me chamas!

Dalma

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publicado por naterradosplatanos às 08:00 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Quarta-feira, 05.05.21

Garanto-vos...

 

Devem ter sido desenhados por homens pouco respeitadores das Mulheres e por isso garanto-vos que não entraria nela para comprar nem que fosse uma agulha (claro que o eu não entrar não lhes faria nenhuma diferença)!
Se eu estivesse em idade de ser ativista, com o poder que hoje as redes sociais têm, lhes garanto que os haveria de tirar da montra!!

Talvez porque fui professora de Geografia tenha um poder de observação muito específico, eu explico: acontece que se entrar numa casa de alguém, saio de lá sem conseguir dizer o que vi... em contrapartida a minha capacidade de ver o pormenor é grande.

E ontem, em passo que agora é sempre rápido, passava eu em frente de uma montra de lingerie quando de repente o meu olhar se detém não no que o manequim tinha vestido, mas nos seus pés!!!

Sim, o manequim tinha PÉS de PORCO!

Mais não digo, as mulheres que eventualmente me leiam que pensem no tanto que ainda temos que fazer por nós!

 

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publicado por naterradosplatanos às 09:52 | link do post | comentar | ver comentários (4)

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