Nas faldas dos Pirinéus... 🌳🌳🌳
... há um sítio lindo de morrer (Damiates) onde ficámos duas noites.
É assim:
... há um sítio lindo de morrer (Damiates) onde ficámos duas noites.
É assim:
Esta paragem já não era uma etapa, eram sim três ou quatro dias de férias no Camping “La Chêneraie”. O camping estava implantado num bosque de carvalhos imensos e com alvéolos relvados para as caravanas o que o tornava muito agradável. A piscina, morna, lá estava à espera dos meus garotos e de muitos outros.
Lembro-me que era preciso chegar cedo para pudermos ter um lugar e realmente, só uma única vez, em mais de uma dezena de anos, é que isso não aconteceu.
Hoje parámos, uma só noite, em Bayonne e L’Adour, como sempre corria alto nas suas margens, portanto aqui nada de diferente relativamente há vinte ou vinte e cinco anos atrás!
A diferença? Vínhamos os dois sozinhos!
Um sentimento doce invadiu-me à passagem por Tordesilhas, sim aquela que deu nome ao tratado em que dois reis resolveram, numa recôndita terra de Espanha, dividir Terras e Mares pelos dois!!
O sentimento doce veio-me do facto de ser sempre a nossa 1.ª etapa a caminho da Europa de então. Saímos muito cedo e 450km depois aí estávamos no Camping Al Astral e ainda com muito dia pela frente!
Na altura tínhamos uma caravana bastante elementar comparada com as que mais tarde viemos a ter, mas que durante alguns verões nos permitiu viajar pela Europa de então: Europa com fronteiras e a cada fronteira uma moeda diferente e ainda sem a existência de cartões de crédito!
Na chegada e como prémio de aguentarem tão longa viagem os miúdos tinham apenas que vestir os fatos de banho, calçar as chinelas e correrem para a piscina.
Os pais faziam o resto para termos uma boa refeição ao jantar (o almoço nas grandes tiradas era invariavelmente de sandwiches) e uma boa noite de sono já que o dia seguinte a viagem seria ainda maior!
Aqui fica o “skyline” de Tordesilhas tirado em andamento.
Portugal fica tão longe da Europa!
Como por enquanto não nos sentimos com coragem para passarmos, no mínimo, duas horas dentro de um avião, decidimo-nos por um “E por aí...” de carro!
Mesmo vivendo paredes meias com a fronteira, na Espanha, o percurso até aos Pirinéus é tão longo que nem pensar fazê-lo em menos de duas etapas: uma de 470 km e outra de 508. Mesmo assim é muito... já lá vai o tempo em que fazer 700 km ou mais era fácil, mas tb hoje a pressa é menor!
Hoje ficamos em Salamanca: