Já não sei rezar!
Se estivesses connosco ter-te ia telefonado a dizer que hoje eu e a Raquel fomos almoçar a um restaurante vegetariano na Luísa Tody! Tu certamente perguntarias sobre o exotismo do que se lá serve e eu falar-te-ia dos croquetes de cenoura e amêndoa, do bife de satin, do millet a substituir o arroz e mais umas "iguarias" que não distingui! Felizmente havia um mousse de maracujá delicioso para me consolar!
Depois fomos tomar um chá de laranja e gengibre ao terraço da Casa de Turismo, na Praça do Bocage, que agora está remodelada.
Depois fomos a pé para casa e eu e a Raquel falámos em ti...
Eram horas de te ligar, mas nunca mais o poderei fazer!
Era este o momento em que te perguntava se tinhas dormido bem: dormi assim assim; hoje houve muito reboliço durante a noite; a enfermeira chegou pelas seis da manhã para a rotina do costume…
Estivesse eu ou ela onde estivéssemos, mesmo em tempos de saúde entre as oito e meia e as nove, os nossos telefones tocavam sempre.
Agora não mais tocarão…
Chegou a Lisboa imediatamente antes da pandemia e por isso ficou sempre para a vermos em melhor altura, e essa altura tinha ficado para a última quinta-feira… estou a referir-me à Exposição “Meet Van Gogh”.
No dia anterior quer eu quer a Fátima “googlamos” a mesma para irmos mais informadas, logo aproveitarmos melhor.
Assim quinta-feira logo de manhã, um “Uber” levou-nos ao Terreiro das Missas, lugar onde esteve, sim leram bem, esteve, mas já não está!! A semana passada a tenda que a abrigava tinha sido levantada...uma desilusão!!
Claro que não era difícil encontrar “substituta”, sim, com aspas pq não substituiu coisa nenhuma! Em frente o Centro Cultural de Belém e, como recurso, a Coleção Berardo ali estava para nos ajudar a passar a tarde…
As duas, pessoas objetivas e habituadas a procurar o real, as exposições de arte contemporânea são para nós um pasmo, pelo que nelas está contido e mais, talvez muito mais, pelo valor monetário que lhes é atribuído!!
Aqui ficam três exemplos que deixam muitos embasbacados e que a nós nos divertiram 🤣🤣!
Qual será a relação entre 4 baldes e dois "parapentes" ??
Continuando com o tema baldes: sim, são dois baldes enfiados em dois pares de meias "colant" e o título era "Sem título"! Ora se nem o autor encontrou um título para a obra...
Outro igualmente untitled
... só já a caminho de casa nos lembrou que o que tanto desejávamos ver,já não estava lá!
Por mais voltas que eu desse para o relacionar com o que vi não o consegui compreender! "Tudo o que eu quero" é o nome de uma exposição na Gulbenkian onde se expõem obras de Artistas Portuguesas de 1900 a 2020. Como se compreende, dado o espaço de tempo, as obras formam um conjunto absolutamente heterogéneo: vão desde aquelas que me deixam deslumbrada, àquelas que eu designo como as obras do “o rei vai nu!” (imagino que conhecem a história, senão vão ao Google que lá certamente está contada).
Eu explico, são aquelas em que aglomeram gente e onde essa gente vê tudo: propósitos, pensamentos, introspecção etc. etc. do artista que as realizou.
Admito sempre que seja incapacidade minha de as compreender…
Vara espetada no chão, será ????
Nem sequer a posso associar a um relógio de sol pois não tem a inclinação exigida pela latitude!!!
Agora aqui estão algumas daquelas sobre as quais não é necessário enfabular: