Coisas da alma
A viagem à Escócia não me fez esquecer quem nos deixou! Por muito que eu queira esvaziar a minha mente da perda que sofri, está a ser difícil!
Em Glasgow estive com o Siamak e a Sophie que sabem do meu pesar... Discutimos o assunto e ele como Psiquiatra, não crente, falou -me de teorias sobre lugar da alma quando nos abandona - teorias ainda nunca comprovadas, obviamente, mas diz ele, possíveis à luz da Física e da Matemática...
O tempo com eles é sempre escasso e claro que, com tanto que conversar (dois anos de conversa atrasada) ficamos-nos por ali… aliás o meu conhecimento nesse campo é nenhum e por isso não pude argumentar!
Em Glasgow estive com o Siamak e a Sophie que sabem do meu pesar... Discutimos o assunto e ele como Psiquiatra, não crente, falou -me de teorias sobre lugar da alma quando nos abandona - teorias ainda nunca comprovadas, obviamente, mas diz ele, possíveis à luz da Física e da Matemática...
O tempo com eles é sempre escasso e claro que, com tanto que conversar (dois anos de conversa atrasada) ficamos-nos por ali… aliás o meu conhecimento nesse campo é nenhum e por isso não pude argumentar!
Quando regressei ao quarto e fui ver o que se passava por estes lugares virtuais e dei com um belíssimo texto de uma amiga do coração que reflete a posição que talvez devêssemos ter perante vida!
Transcrevo-o:
Morremos e fica tudo, os planos a longo prazo, as tarefas domésticas, as dívidas, as casas, o carro, o status… dissolve-se toda a importância que pensavam que tinham… Todos os problemas ficam sem abrigo, porque só existem dentro de nós.
O mundo continua a ser caótico, como se a presença ou ausência não fizesse a menor diferença.
Na verdade, não faz.
O animal de estimação apega-se aos novos donos.
Os viúvos casam-se novamente, andam de mãos dadas, divertem-se.
A roupa é usada por outro corpo.
As pessoas andam esquecidas da morte, mas é a sua consciência perspectiva.
O tempo voa.
Mas vivemos com pressa.
Contas feitas cada dia mais é um dia a menos.
Se tivéssemos consciência de que podemos partir a qualquer momento não nos importariam coisas banais, as coisas urgentes não o seriam…
CMM