E por aí… em Rabo de Peixe!
Só ouvi falar de Rabo de Peixe depois de ter unido o meu destino ao açoriano de que ontem falei.
Sempre ouvi dizer que Rabo de Peixe era o lugar mais pobre da Ilha. Lugar de pescadores de faina costeira vivendo na pobreza do que o peixe lhes dava…
Hoje felizmente os tempos mudaram e pelo que vi hoje, essa pobreza já não existe. De qualquer forma as gentes têm um ar desmazelado, pouco limpo, as ruas estão sujas: latas de refrigerantes, papeis de gelados, garrafas de água…
As ruas são estreitas e descem quase a pique para o mar. Nelas o que mais me espantou, é que a maioria das casas está recuperada (provavelmente dinheiro da emigração) e o colorido das fachadas é tal que tem ar de desafio entre os moradores para ver qual tem a casa mais garrida!
Talvez esse garrido minimize as tristezas das gentes do mar que as habita.
Nota: Numa esquina de rua, encontrei uma loja de chineses e pus-me a pensar como aquele jovem casal se sentiria ali, nos longos, chuvosos e escuros invernos da ilha…