No Areeiro e por aí...

Bem, a resposta a essa pergunta não é difícil. Diriam, provavelmente, que aquilo era uma escultura... inacabada. Uma expressão do crescente facilitismo, pandémico mas, também, endémico na sociedade portuguesa, onde se encontra vastamente evidenciado no escasso cuidado dispensado à expressão verbal, deteriorando a cada dia que passa aquilo a que ainda podemos chamar 'língua portuguesa' Se quiser refletir comigo, convido-o a visitar, em https://mosaicosemportugues.blogspot.com/2021/02/tanto-faz.html, a primeira mensagem que publiquei, a qual versa, precisamente, sobre este assunto.
As formas da escultura da direita correspondem, singelamente, à ideia, à inspiração do autor; e expressam, igualmente, o reconhecimento da incapacidade de as espeficicar, de pormenorizar, seja por falta de domínio fino da técnica dos Mestres de antigamente, seja por as ideias não passarem disso mesmo, tendo a cobri-las um manto de diáfana indefinição, indecisão, o que queiramos chamar-lhes. Ou, mais simplesmente, a pressa de acabar uma 'coisa' que vai ser vendida, para que uma outra coisa que vai ser vendida possa ser iniciada.
Sinais dos tempos, gravados na pedra...