Era ela que guardava as nossas memórias…
O calor tem estado impiedoso e nem a ventoinha ameniza a temperatura da saleta onde agora a minha mãe passa a maior parte do tempo... A Iva, que é quem durante o fim de semana a cuida, perguntou-me se não sabia de um leque. Porém, como eu só estou aqui de vez em quando só uma busca de gaveta, após gaveta me fez encontrar um.
No entanto não é o leque o leitmotiv deste post.
As gavetas da secretária, constatei, continuam metodicamente arrumadas e nessa arrumação tão característica dela, lá estão as agendas anuais, os livros de assentos (datas de nascimento e mortes já longínquas, homenagens a parentes igualmente longínquos, cadernos com histórias da avó como bisavó, versos a quem a avó amava, fosse ele o avô dos netos fosse ao pinheiro que o vendaval um dia levou...)
Sim, encontrei um leque e fui presenteada com a fotocópia do passaporte da minha bisavó Joaquina. Não fosse a minha irmã teríamos ficado sem esta memória.
Aqui está ele: