Há muito que a não subia...
Pouco saio do Areeiro, ou pelo menos pouco vou para aqueles lados.
Quando aqui cheguei a rua, por todos chamada de Rua do Comércio, era exatamente a rua onde tudo se vendia e claro, tudo se comprava...
Não havia portas fechadas... portas com papeis evitando constatar o vazio que lhe vai dentro, como agora acontece.
A Rua do Comércio era um verdadeiro centro comercial a céu aberto, cheia de movimento já que tudo aí se concentrava... muitas lojas tinham mesmo filas de espera, como era o caso da loja do Sr. Hermínio.
Então os hipermercados apareceram... não é pois de admirar que estes a fizessem morrer aos poucos, pois rua de que falo é íngreme, mesmo bastante íngreme entre o Rossio e o largo do Município onde fica a Sé Catedral.
É certo que não tem automóveis mas nem sempre isso beneficia o comércio se não houver onde estacionar como é o caso, já que as ruas envolventes são igualmente íngremes e estreitas!
Hoje, por necessidade, subi e desci a Rua do Comércio, uma “rua fantasma” onde não me cruzei com uma dezena de pessoas e onde um palacete está “FOR SALE”!