A minha irmã tem toda a razão!
Dizia-me ela ainda agora, via Skype, que ao contrário das descrições das outras viagens estas estavam pouco interessantes por não trazerem nada de especial... do tal inusitado de que eu falei. Na realidade é isso porque o nosso contacto tem sido mais com a natureza e apenas de passagem nas cidades nos apercebemos de como elas funcionam. Claro que como tudo, mas tudo, só está em sueco perdemos muita informação sobre espetáculos, actividades dirigidas a quem as visita e por aí... mas paciência. Também, se eu pensar bem, os turistas que aí nos visitam se forem a Moncorvo ou a Freixo de Espada à Cinta por exemplo também não encontram ninguém a falar inglês e nem os cartazes das feiras e romarias estão traduzidos na língua que eu tomo por universal! Hoje fomos a Narvik, cidade que muitos de nós conheceram pela Geografia e outros ainda pela História (caso da minha mãe) dado o seu papel na 2ª Guerra Mundial. Narvik fica no fim do mundo como podem ver por este "marcador de distâncias", onde,com pena minha Lisboa não constava! Anichada no fiorde estende-se a toda a sua volta e é dominada pelo porto que escoa o minério de ferro de Kiruna. Não deve ser fácil viver aqui durante as longas noites de inverno e nos curtos dias quando o Sol não está mais de três ou quatro horas acima do horizonte e as temperaturas descem a muitos graus abaixo de zero! O percurso entre Gälivare e Narvik é muito bonito apesar de por vezes agreste.
Desta vez, ao contrário de há 12 anos em que vi algumas manadas, não vi uma única rena, fico com a sensação de que elas perderam algum significado na economia da gente destes lugares... Também o "algodão do Ártico" foi difícil de encontrar
só as "Portas da Lapónia" lá continuam majestosas!