Este ano o meu diospireiro teve muitos, muitos dióspiros, tantos que deram para a passarada se deliciar à vontade, para caírem de maduros muitos e para eu comer (o outro dono do diospireiro não gosta!) e ainda para levar ao meu vizinho da frente.
Meia-hora depois tinha uma mensagem no telemóvel que dizia: deixei à sua porta uma caixinha com broas!
E lá estavam acabadinhas de sair do forno!
Devem ser meus vizinhos há quase 20 anos mas não temos grande familiaridade, conversas curtas e de circunstâncias, às vezes mesmo só um acenar da mão, eventualmente ao fim de semana um “olá” se ando a arranjar o jardim da frente.
Na realidade nós saímos e entramos sempre pela garagem e portanto não foi preciso o Cv19 para raramente vermos vizinhos!
Este nosso vizinho já nos fez alguns jeitos: despejar-nos a caixa do correio no tempo em que fazíamos viagens que duravam semanas; fechou a garagem quando a deixámos aberta e nós já a muitos quilómetros de casa; alertou-nos para luzes acesas andando nós por aí, e até mesmo nos deu notícia do alarme que tocou durante uma noite em que também não estávamos!
Ontem o meu vizinho da frente, A.Casanova, andava eu no jardim da frente nuns arranjos de Outono, veio dar-me um saquinho de deliciosas broas dos Santos... o ano passado pelo Natal também nos chegaram à porta umas divinais azevias!
Como retribuo? Com produtos da horta/pomar!
E tudo se passa com um mínimo de palavras mas sempre com simpatia mútua.
