Expectativas elevadas... grandes desilusões!
Foi exactamente o que aconteceu na visita á cidade de Bordalo!
A televisão divulgou algumas das iniciativas da Câmara lembrando o escultor, o pintor, o ilustrador e jornalista... os dias de sol que se anunciavam deram o empurrão necessário para deixarmos o Areeiro e rumar às Caldas.
A brochura que orienta a Rota Bordaliana é de excelente qualidade, no papel e nas fotografias mas, falta-lhe qualidade na orientação de quem a quer seguir, que se vê perdida nas ruas à procuram de algo que nem sempre encontra!
Além disso as réplicas de algumas das suas obras, são de grandes dimensões, e como estão ao nível do passeio e para evitar que as vandalizem estão enclausuradas em paralelepípedos acrílicos o que lhe tira o brilho que o vidrado lhe deu! Além disso semeadas na confusão da cidade, entre carros e sinais de trânsito, lojas que expõem na rua o que nos querem vender, passam quase despercebidas!
A cidade em si não tem graça e os poucos são os edifícios com interesse artístico que embora conservados, se diluem nos que resultaram de uma outra época.
Acrescenta-se ainda o estado deplorável em que se encontra a mata onde se localiza o antigo hospital termal que apesar de ameaçar derrocada é ainda um ícone da cidade! A mata e o parque estão verdadeiramente abandonados: relva por cortar transborda dos canteiros mal defendidos, sebes secas ou por aparar, árvores que há muito não vêm poda... tudo num emaranhado de desleixo!
G
p.s. ... e o dia só se salvou pela visita ao Museu Malhoa que tem uma belíssima coleção de quadros seus e dos seus contemporâneos.