O Alentejo e o seu contrário
Nada mais oposto que o Alentejo e o Minho, as planuras de horizontes longínquos contrastam com o acanhado dos vales e serranias daqui; os campos dourados, já raramente de trigo, são ou têm sido devotados às forragens, que lhe mantêm a cor, aqui, no Minho, são os campos confinados e verdes de milho e de horta que, graças à montanha e ao Atlântico, mantêm o verde todo o ano!
Percorrendo as estradas de largueza semelhante, no Alentejo sentimos-lhe o desafogo, aqui, pese a mesma largura o vale que atravessam e a montanha que furam trazem-nos um sentido de confinamento; o vazio de gentes lá, contrasta aqui com a gente por todo o lado: os aglomerados brancos aqui e além na planura, opõem-se ao ponteado do casario por todas as encostas. O branco não domina,o estilo das casas também é outro: aqui emigrou-se para lugares além fronteiras, lá migrou-se para Lisboa e Setúbal!
Tudo é pois muito diferente!
Hoje estamos em Esposende e aqui o Rio Cávado encontra o mar e a cidade reparte-se por ambos. Há pouca gente na rua e nas esplanadas, tal como no passadiço que corre por quilómetros ao lado de ambos e que é muito, muito agradável.
Por aqui ficaremos três dias num “doce far niente”!