Diários do nada (58)
Não, não é nenhuma fotografia tirada no Canadá, é sim tirada no meu jardim onde a Fall está a começar! O meu diospireiro está a vestir-se de outono e entre folhas verdes começam a aparecer estas vermelhas e alaranjadas.
Não, não é nenhuma fotografia tirada no Canadá, é sim tirada no meu jardim onde a Fall está a começar! O meu diospireiro está a vestir-se de outono e entre folhas verdes começam a aparecer estas vermelhas e alaranjadas.
Andar por aí era sim o planeado mas como descobrimos que o Metro tem um bilhete de fim de semana relativamente barato, isso veio condicionar o nosso dia e os nossos passos...
Qualquer Jardim Botânico tem quatro estações nítidas e vi o de Montreal em todas elas! Agora que está emerso no Outono não sei se não será a mais espetacular! Por mais adjetivos que haja e sejam sinónimo de belo não sei se serão suficientes para transmitir a ideia de beleza que a Fall lhe proporciona...
Está assim:
Estas viagens são longas, mas o desejo de voltar é sempre tão grande que até esqueço!
A “Fall” já se deixava ver de lá de cima...
Vivi 10 anos na Praceta, na altura não tinha árvores, mas também não tinha carros, só os dos poucos que nela moravam. Por isso os meus filhos brincaram por lá, por lá andaram de bicicleta e nela esfolaram muitos joelhos!
Mais tarde, já depois de nós termos saído requalificaram-na como agora se diz: colocaram-lhe um lago quadrado, (mas os lagos não são redondos?) com um repuxo, que pelo menos hoje não funcionava, uns bancos de cimento(!), calcetaram a pequena parte central e plantaram algumas árvores.
Hoje quando lá fui, induzida pelo comentário da Luísa ao meu último post, dei com uma praceta que se tornou num parque de estacionamento gratuito!
As árvores, agora com a sua folhagem outonal perdem-se... sim a Luísa vê-as logo pela manhã quando ainda está vazia e por isso se pode deslumbrar com elas...
Eu, fiquei desiludida!
... não é a Fall do seu Canadá, eu sei, mas eu que me apaixonei por essas paisagens indescritíveis, procuro aqui, deste lado do Atlântico, vislumbrar os vermelhos, os amarelos, os dourados das suas imensidades!
Dias de sol como se fosse Primavera, mas os dias curtos mostram-nos bem que estamos no Outono e o meu jardim é a prova disso. À romanzeira deixa cair folhas que parecem "pepitas de ouro", o dióspireiro folhas tingidas de vermelho que qualquer dia serão varridas pelo Sr. Romeu que em breve regressará do Brasil.
Deixada a cidade com as suas belezas e problemas o "Chemin do Roy" leva-nos para norte em direção a Quebec City.
Segundo a informação o "Chemin do Roy" foi a primeira "estrada"construída no Quebec a ligar Montreal á capital. Foi no séc XVII que as primeiras carruagens as percorreram.
As cidades hoje distam uns 300 km, não imagino sequer o tempo que levaria a percorre-la, porém nessa altura o tempo não tinha pressa...
Ao "Chemin do Roy" salvo as devidas diferenças, aconteceu-lhe como à "Route 66", a modernidade tornou-as uma ilusão! Porém o Caminho do Rei continua a correr ao lado do Rio Saint Laurent e ao contrário da R66 não foi devorado pelas grandes cidades.
Pequenas localidades de "chalets" de vez em quando aglomerados em torno de uma igreja dão-lhe um ar aprazível e apenas nomes franceses ou índios as separam.
A "fall" que por aqui já chegou, dá-lhe um ar dourado condizente com o nome!
Não sei se este termo significando Outono é usado em Inglaterra, sei é que nos Estados Unidos e no Canadá o Outono é única e simplesmente a "Fall".
Da minha experiência a "Fall" é a época dourada das regiões temperadas destes países.Em todos estes anos de viagens não sei se não terá sido o expoente máximo de todas as belezas que já vi.
Está aqui, não deixem de se deslumbrar:
http://naterradosplatanos.blogs.sapo.pt/30384.html
Bem, não será como no Vermont mas as fotografias de um "por aí..." no Nordeste, também têm alguma beleza...
Já no Areeiro, obviamente mais limitada a "Fall" também cá chegou!