Quinta-feira, 13.12.18

Eu sempre tive uma má relação com o Natal!

 

 

Este “sempre” não é um exagero já que a boa relação com ele tivesse ido, quando muito,  até aos meus 8, 9 anos! 

Pensando bem, durou ainda menos pois terá  ido desde que comecei a saber da existência do Menino Jesus, até à desilusão de saber que não era ele que nos trazia todos aqueles presentes!

 

 Nesse intervalo de tempo a relação era de encantamento, depois veio a fase do não questionar: era Natal, havia presépio e árvore e presentes - sem julgamento!

 

Entretanto fiquei adolescente e comecei a pensar por mim, a aperceber as diferenças entre os nossos Natais e os Natais dos menos privilegiados... algumas “dores de cabeça” dei ao Sr. Padre Campos, meu professor de Religião e Moral, com a minha argumentação!

 

A Faculdade trouxe-me consciência social e desde aí os Natais passaram a ser épocas difíceis...  sempre pensei que quem já era feliz mais feliz o era no Natal e os outros, os que se sentiam infelizes: os sós, os doentes, os abandonados, seriam certamente mais infelizes... e isto mexia comigo!

 

Já mesmo depois de ter filhos, tive Natais em que me senti muito deprimida, desinteressada de todo o aparato natalício... mesmo sem o consumismo de hoje!

 

Sorte tiveram os meus filhos já que tinham uma avó muito criativa e sempre desejosa de inventar... e onde invariavelmente passávamos os nossos Natais!

 

Tenho a certeza que os Natais passados em casa da avó Alice nunca lhes deram tempo para tomar consciência do desinteresse da mãe!

 

Hoje, não sei se estarei muito melhor!

 

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publicado por naterradosplatanos às 09:19 | link do post | comentar | ver comentários (11)
Terça-feira, 11.12.18

Estes e outros Natais...

 

 

Os “outros” Natais, que foram os meus e até os dos meus filhos eram escuros lá fora... a luz estáva no interior das casas: emanava da lareira e da Árvore de Natal,  e foi assim durante muitos anos! Também as figuras do presépio estavam ao abrigo do frio de lá de forma porque debaixo da Árvore ou naquela prateleira!

 Porém, a certa altura demo-nos conta do aparecimento dos Pais Natal a tentar subir as varandas nuns casos, noutros, Meninos Jesus despidinhos da sua roupa, pendurados nas janelas!  Se os primeiros pareciam querer ir partilhar o calor da família, estes outros parecia que tinham sido deliberadamente postos fora desse aconchego!

Este ano não vi nem uns nem outros, possivelmente ou a China os não produziu ou ficaram fora de moda!

O que eu tenho visto por aí, são Natais que brilham nas ruas, os Natais que nos aquecem com o “hot vine” e nos perfumam o ar com os crepes de Nutella; os que trazem em família, os grandes e os pequenos a patinarem nas pistas de gelo que,  não sendo como a do Rockefeller Center, fazem a felicidade da miudagem e até de muitos ousados adultos.

 

Este ano as renas dominam, pelo menos  nos sítios por onde passei e sempre luminosas e elegantes!

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publicado por naterradosplatanos às 18:53 | link do post | comentar | ver comentários (3)

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