Um dia no papel de turistas
O autocarro 728 vai da Estação do Oriente até ao Restelo, sempre contornado o Tejo pela tal Lisboa “feia” de que falei e só em Santa Apolónia entra na Lisboa de ar limpo e amplo... o caminho de ferro ficou para trás e isso explica tudo.
O 728 atravessa agora o Terreiro do Paço e a enorme praça amarela, pelas nove horas, está já cheia de turistas... nós senti-mo-la de dentro do autocarro que continua até ao Cais do Sodré...
Até aqui, veio praticamente vazio como é próprio de um domingo de manhã... então acontece a “invasão”, não erro se disser que uma centena de turistas entram e se comprimem uns contra os outros... Santos, Alcântara, Belém sem qualquer possibilidade de mais alguém entrar! Nós, sentados no nosso lugar ia-mos apreciando toda aquela gente: os olhos oblíquos e a língua, não nos deixavam dúvidas dos que vinham de terras longínquas, mas também havia “nuestros hermanos” daqui ao lado, italianos, franceses e uma grande maioria da língua que se vai tornando universal.
Os Jerónimos aproximam-se, o autocarro pára e uma golfada de gente sai no seu destino pré determinado...
Nós que só estávamos a “fingir de turistas” virámos em sentido oposto e logo ali, numa esplanada bem perto e ainda sem multidões... fomos sim, cumprir o ritual do pastel de nata!