Quarta-feira, 20.08.14

Notas finais...

Já estamos no aeroporto (32km de Estocolmo), o movimento não é muito, se formos a ver a Suécia não é um país turístico, não tem propriamente monumentos naquele sentido que é costume pensarmos e não tem praias... Por isso esse tipo de passageiros é restrito. Outras cores de pele e outros cabelos escondidos ou não, devem ser de quem vem ou vai de visita a outras paragens em visita aos seus. Comparado com o aeroporto de Lisboa fica muito atrás! O nosso é realmente bonito e as lojas incomparavelmente melhores, mais chiques! Como o avião que nos há-de levar ainda não chegou aproveito para umas notas finais: - 1sek (coroa sueca) igual a 0,11€ - um café entre 18 a 22 sek -1 litro de gasolina ou gasóleo 1.4 a 1.5 sek - um prato no restaurante de 59 sek em diante - muita gente nova ao contrário do Norte onde a gente idosa se notava bem -muitos carros de bebé quase sempre com bebés loiros - na parte central, áreas de negócios e lazer os negros são mt poucos - nos subúrbios dominam os negros juntamente com os muçulmanos, em Reckley vimos mesmo uma mesquita e o bairro de casas sociais pareceu-nos exteriormente com bom aspeto. - o principal senão como já disse, é a fraquíssima informação em inglês, não obstante aqui a Sul todos nos entenderem e se explicarem em inglês, as placas informativas continuam só em sueco! Mas foi bom ter podido voltar, rumar a Norte, de novo a Sul e 3271km depois voltar a CASA!

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Metro em Estocolmo ...

t-Central station Kungsträdgärden Rädhuset Näckrosen Solna Centrum Station p.s.como a minha click-click é limitada a falta de luz faz-se sentir!

publicado por naterradosplatanos às 12:40 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Terça-feira, 19.08.14

E por aí... último dia em Estocolmo

Hoje o dia foi destinado ao metro de Estocolmo que muitos conhecerão por fotografias que correm em Power Points por essa internet. O melhor é mesmo comprar um bilhete para o dia e entrar e sair de uma seleção de estações que se deve ter feito previamente.Depois é esperar pela 9, 9.30 para deixar passar os que trabalham, e então poder admira-las. O que espanta neste metro, melhor em algumas linhas, é a amplidão de algumas estações que foram literalmente cavadas na rocha, o que lhes dá a imponência de uma catedral! Obviamente que não são todas assim, embora todas elas tenham algum elemento decorativo e foi com surpresa que descobrimos que a Fridhemsplan Station está decorada com azulejos portugueses Viúva Lamego, oferecidos em 1997 pelo Metro de Lisboa à cidade de Estocolmo! Aqui ficam elas e amanhã dia de regresso mostro as fotografias de algumas das estações mais espectaculares.

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Domingo, 17.08.14

E por aí... já em Estocolmo !

Hoje tinha pensado não escrever e deixar para amanhã esta minha presença aqui mas, consultando o meu e-mail, tinha lá um da minha tia (91 anos no próximo Outubro) em que me dizia que adora ler os meus posts. Assim sendo este é especialmente para ela, não pelo assunto mas apenas para ela o encontrar quando clicar "No Areeiro e por aí..." De Uppsala a Estocolmo é muito perto, mesmo tendo que entregar o carro no aeroporto (ele aqui não nos serviria para nada) chegámos ao meio dia. Hoje é domingo e parece-me haver algo de incongruente nos horários de abertura do comércio e dos serviços... Comecemos pela devolução do carro no aeroporto. Realmente quando o levantamos, antes de ir para Norte, logo nos disseram que só o podíamos entregar pessoalmente hoje às 3 da tarde(!!) isto porque até essa hora não haveria quem nos atendesse, pois o balcão estaria encerrado! Como objetamos semelhante horário disseram-nos que então poderíamos deixar o carro no parque a qualquer hora, em qualquer lugar e deitar as chaves numa caixa para o efeito!! Achamos estranho mas lá partimos, logo pensando que depois resolveríamos. Hoje, outros como nós assim procederam o que nos tranquilizou pois já devia ser costume tal procedimento! O carro lá ficou estacionado e as chaves lá foram pela abertura da caixa... Tantas e tantas vezes que temos alugado carro e nunca nos tínhamos confrontado com esta modalidade de entrega! Também, passeando pelas ruas verificámos que, hoje domingo, há lojas fechadas, lojas abertas até ás cinco e outras que fecham às 11 da noite! Vai-se pois de um extremo ao outro. A cidade está cheia de gente, agora sim, muitos turistas de todo o lado o que provavelmente se deve ao facto de Estocolmo ser um ponto de partida e chegada de Cruzeiros. Assim se via gente do oriente, italianos, franceses, falantes de língua inglesa que tanto podem ser daqui ao lado como do outro lado da Atlântico... Até amanhã

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Sábado, 16.08.14

E por aí... na tranquila Uppsala

Isto não quer dizer que não haja movimento, longe disso, só que as bicicletas são pelo menos nesta altura o modo de transporte mais utilizado. Penso que no Inverno sueco à semelhança do que vi em Montreal elas desaparecem para só regressarem de novo na Primavera. Tão tranquilo é o trânsito no interior da cidade que esta placa diz tudo pessoas, crianças, carros e bicicletas a compartilharem algumas das ruas e convivem mesmo com as esplanadas que estão por todo o lado... ninguém grita, ninguém buzina! Hoje o dia esteve de sol e isso tem muita influência no sentir do que nos rodeia e portanto na imagem com que ficamos. Aqui, as cores das fachadas andam sempre o amarelo e o ocre... Edifícios mais antigos, Universidade, Biblioteca, um ou outro museu ocupam edifícios de séculos mais recuados e de arquitetura mais imponente A Catedral, rezam as informações que foi um despique, a seu tempo com a Noruega, para ver quem construía mais alto! É muito bonita como podem ver... O Castelo, é exteriormente imponente e pasme-se, hoje uma das alas e um torreão estão alugados a várias Companhias e mesmo numa porta secundária está um quiosque de gelados!! É preciso que as coisas se auto sustentem, mesmo os edifícios do estado! Nestas duas portas em plena fachada do palácio vendiam-se gelados OLÁ aqui designados por GB mas com exatamente o mesmo símbolo Fazia parte do roteiro ir aos jardins e à casa de Lineu, sim o Lineu que introduziu a classificação botânica que ficou com o seu nome. Os jardins estavam pouco cuidados, verdade que todas as plantas estavam classificadas mas muitas delas secas! A casa em si tinha alguma mobília do seu tempo, mas muito pouco do seu trabalho. E o pouco que existia só estava explicado em sueco, portanto não fiquei a saber mais do que sabia quando lá entrei! Refletindo sobre tudo isto, concluo para mim que na Suécia o turismo não é uma preocupação, aliás nesta nossa deambulação de 1500km para norte junto ao litoral e outros tantos para sul, feitos pelo interior, só vimos uma autocaravana de matrícula italiana, duas alemãs, algumas norueguesas e o resto, e foram às centenas, todas suecas! Veremos como serão os próximos três dias em Estocolmo.

publicado por naterradosplatanos às 19:35 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Quinta-feira, 14.08.14

E por aí... de Östersund a Mora

A viagem de 307 km fez-se entre pinheiros verdes e lagos, paisagem ubíqua nesta parte da Suécia. De quando em vez pequenos lugares ligados à exploração da floresta, uma dúzia de casas sempre pintadas daquele vermelho acastanhado que muita vezes vemos/víamos em imagens de calendários. Östersund fica num enorme lago e numa das raríssimas vezes que vi algo em inglês, o cartaz dizia: "Östersund always in season" o que significa que em qualquer estação do ano há aqui algo a acontecer, mas é em pleno inverno que o mais importante acontece, já que o lago gela durante meses e eles se orgulham de ter a maior pista de gelo da Europa. Tão importante é para eles o gelo, que as temperaturas que atingem -20º permitem, que o símbolo da cidade é este: ... um cristal de gelo dentro de um coração! Mora é uma cópia de Ötersund embora mais pequena. O lago, os relvados e caminhos que o rodeiam, uma ou duas únicas ruas comerciais, nelas os restaurantes, os cafés, as esplanadas tomando conta dos passeios. A gente passa despreocupada, os velhos segurando os andarilhos rolantes, as mães empurrando os carrinhos de bebés... os outros indo às suas vidas! Já várias vezes, ao longo destes dias me pus esta pergunta: "mas parece esta gente diferente da nossa gente?" A resposta é NÃO, não parecem! Mas esta gente é sueca! Pois é, mas o que nos diferencia é invisível aos nossos olhos, o que nos diferencia, isso sim, só as estatísticas revelam!

publicado por naterradosplatanos às 18:49 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Terça-feira, 12.08.14

Estou frustradíssima...

... por não compreender uma única palavra de sueco! Viajar não é só ver sítios é saber mais à cerca das pessoas, acerca do país que habitam e que nós visitamos. Sinto-me frustrada porque não posso ligar a televisão ou pegar num jornal e entender o que se passa no dia a dia destes sítios. Não posso saber o que se passa nos governos, na economia, não posso saber notícias das escolas, as queixas de este ou aquele grupo profissional, não posso consultar a página dos anúncios e perceber o que se vende e o que se compra, ou simplesmente saber os empregos que se oferecem ou as profissões que mais se procuram ou ainda o preço das rendas de casa por exemplo! Um jornal dá-nos todo este conhecimento e até mesmo nos obituários aprendemos alguma coisa mais que não seja as idades que em que a generalidade das pessoas partiu o que dá uma ideia da esperança de vida... No meu caso atual só posso apreciar quem passa nas ruas, como se veste quem passa, se a cabeça anda coberta por um véu negro, um lenço ou simplesmente por nada, se a pele do rosto é cor de cera ou se parece (embora não sendo) bronzeada pelo sol... e fazer suposições! Estamos em Õstersund (580km a NW de Estocolmo), vejamos as suposições que hoje fiz. As ruas estão cheias de gente, de tanto em tanto espaço, estrategicamente sentados/as no chão criaturas de pele tisnada pedem esmola, em frente têm um cartão onde está escrito em letra sempre igual e cuidada, algo que evidentemente também não entendo, mas o copo na mão não deixa dúvidas. São homens fortes e mulheres com ar saudável que nem tentam parecer miseráveis! Os corpos demonstram que estariam muito bem a trabalhar! O dinheiro que cai no copo não dará certamente para viver na Suécia! Logo estão a viver de subsídios que o Estado Sueco concede a esta gente que aqui arriba e que não vem para trabalhar... Porque estranhamos e achamos mal, quando lemos que países como a Noruega e Suécia estejam em vias de proibir a mendicidade e o viver na rua?

publicado por naterradosplatanos às 18:09 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Segunda-feira, 11.08.14

Para Sul, atravessando de novo o Círculo Polar...

Na nossa subida travessamo-lo também mas resolvemos deixar a paragem para o regresso e hoje estamos a regressar! Como somos sempre madrugadores partimos cedo de Gällivare e claro chegámos ao Círculo Polar e este "estava fechado"! Isto, claro, quer dizer que a casinha onde se vende o que é normal nestes sítios só abria às 10h e nós chegamos muito antes! Evidentemente que não queria um CERTIFIKAT de que passei lá de novo, basta-me o que tenho de há 12 anos a trás. Queria, isso sim, comprar um postal para escrever a NÓS, como é costume há longos anos. Este ano enviei também outro à minha querida e ex-aluna Fátima que alguns já conhecerão, por dela eu aqui já ter falado. Assim sendo lá esperámos 45 minutos para realizarmos estes desígnios... Mais uns 200 km parámos para almoçar, Oh! meu Deus como se come mal nestas terras e como já ando desejosa de uma boa sopinha! Por aqui é algo que se não deve conhecer... sim eu sei que não percebo nada de sueco para ver se vem ou não nos menus, mas o facto é que nunca vi ninguém a comer uma! Logo não deve existir! O fim da etapa foi aqui em Storuman um lugar,(o conceito de aldeia não se aplica aqui) em que a vida se faz ao longo da estrada e de numa rua paralela a esta, onde está a farmácia, o banco, o supermercado, a loja da florista e umas duas ou três de vestuário. Na pequena encosta está um centro de saúde e as casas de habitação, tudo simples, elementar. Não esqueçamos que estamos na "Suécia profunda"! O nosso hotel é também de grande simplicidade, nem sei se não será o único. É do tipo B&B onde está tudo à disposição dos hóspedes, sem propriamente ninguém a atende-los senão para dar a chave e indicar o quarto. A janela do quarto dá para a linha do comboio, as até à data ainda não passou nenhum!

 

 

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Em jeitos de acrescento ao post de ontem...

Já com uns quilómetros andados e lá ao longe vislumbro uma rena! Não é que fosse importante para mim fotografar uma, só o era para eu poder enviar uma aos meus netos pequeninos que ainda se fascinam com o trenó do Pai Natal! Não foi fácil porque ela trotava a bom trotar ao lado do carro. Parei mais à frente puxei da máquina e vá de ir de encontro a ela, não sem algumas precauções já que tive medo que viesse marrar em mim! Tirei a fotografia de longe e por isso não ficou muito nítida. Já lha enviei e maravilha das maravilhas tecnológicas de hoje já recebi a resposta via mãe, claro! Perguntou o R:" como é que era possível as renas estarem sem neve?"Responde o H.: "porque estamos no Verão e aliás é por isso que os avós não conseguem encontrar o Pai Natal!" Deliciosa ingenuidade a das crianças. Aqui vai a fotografia que lhes mandei...

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Domingo, 10.08.14

A minha irmã tem toda a razão!

Dizia-me ela ainda agora, via Skype, que ao contrário das descrições das outras viagens estas estavam pouco interessantes por não trazerem nada de especial... do tal inusitado de que eu falei. Na realidade é isso porque o nosso contacto tem sido mais com a natureza e apenas de passagem nas cidades nos apercebemos de como elas funcionam. Claro que como tudo, mas tudo, só está em sueco perdemos muita informação sobre espetáculos, actividades dirigidas a quem as visita e por aí... mas paciência. Também, se eu pensar bem, os turistas que aí nos visitam se forem a Moncorvo ou a Freixo de Espada à Cinta por exemplo também não encontram ninguém a falar inglês e nem os cartazes das feiras e romarias estão traduzidos na língua que eu tomo por universal! Hoje fomos a Narvik, cidade que muitos de nós conheceram pela Geografia e outros ainda pela História (caso da minha mãe) dado o seu papel na 2ª Guerra Mundial. Narvik fica no fim do mundo como podem ver por este "marcador de distâncias", onde,com pena minha Lisboa não constava! Anichada no fiorde estende-se a toda a sua volta e é dominada pelo porto que escoa o minério de ferro de Kiruna. Não deve ser fácil viver aqui durante as longas noites de inverno e nos curtos dias quando o Sol não está mais de três ou quatro horas acima do horizonte e as temperaturas descem a muitos graus abaixo de zero! O percurso entre Gälivare e Narvik é muito bonito apesar de por vezes agreste. Desta vez, ao contrário de há 12 anos em que vi algumas manadas, não vi uma única rena, fico com a sensação de que elas perderam algum significado na economia da gente destes lugares... Também o "algodão do Ártico" foi difícil de encontrar só as "Portas da Lapónia" lá continuam majestosas!

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