Dia 3 - Portland (Maine) e não só...
Escrevo entre parêntesis Maine porque há outra cidade no Oregon exatamente com o mesmo nome, o que é muito comum aqui nos EUA.
Este Portland é uma cidade média a que o Guia Verde Michelin dá duas**. O que de mais interessante tem além do ambiente do porto é mesmo o Westend, bairro colonial de gente, com certeza com dinheiro mas também com muito gosto.
Porém duas coisa interessantes aconteceram e que nada têm a ver com a cidade.
Como estava calor e a cidade é extensa, como toda a cidade americana, resolvemos comprar um tour que tinha o aliciante de nos levar a um dos milhentos faróis da Costa do Main. Na maior parte dos casos os automóveis não são admitidos é só os autocarros lá podem chegar, o que se compreende-se.
p>Entrados numa espécie de elétrico o motorista, por sinal muito exuberante, começou por perguntar a todos os passageiros: "where are you from?". Quando chegou a nós, obviamente respondemos: "from Portugal", ao que ele replicou com jeitos de incredibilidade "from Portugal?!!" "of course, from Portugal"! Repliquei. Passou à frente e eu fiquei com a nítida sensação que Portugal era para ele, absolutamente desconhecido!
Caso contrário aconteceu-nos pela manhã. No elevador, quando subíamos para o 5º andar entrou connosco um casal nos seus 90, ele vestido tipicamente à americana não faltando o boné, que tal como a placa que trazia pendurada ao pescoço dizia: "Air Force Veteran, Pensilvânia". Ouvindo-nos falar, perguntou-nos de onde éramos, a resposta foi a óbvia. Ele de seguida disse-nos : nos anos 50 eu estive um ano nos "Azores", conhecem? Eles saíram no 3º andar mas travamos a porta do elevador para trocarmos mais umas palavras, depois despediu-se sorrindo...
Fazendo as contas deve ter voado nos céus da Coreia.
Mais tarde ficamos a saber que no hotel estava a decorrer um encontro de veteranos da AF. Na realidade, pela hora de jantar vimo-los vestidos com todo o requinte: fatos e vestidos pretos, carteirinhas de lantejoulas, cabelos cuidadosamente penteados... mas também mãos que tremiam descontroladamente e bengalas que ajudavam os passos...
Não sou americana mas fiquei orgulhosa por eles!